Os Camelidae Lamini (Mammalia, Artiodactyla) do plesistoceno da América do Sul : aspectos taxonômicos e filogenéticos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2009
Autor(a) principal: Scherer, Carolina Saldanha
Orientador(a): Ferigolo, Jorge
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/49733
Resumo: Os Camelidae são ungulados de origem holártica, sendo que representantes da Tribo Lamini ingressaram no continente sul-americano a partir do Plioceno final, durante o Grande Intercambio Biótico Americano, onde se tornaram amplamente distribuídos e bastante diversificados durante o Pleistoceno. Foi observado que alguns caracteres, entre eles a presença/ausência dos três primeiros pré-molares, a forma do P4, a presença/ausência de endóstilos e endostilidos, o tamanho dos dentes, o grau de hipsodontia dos molares, a altura da mandíbula e a distância do ramo mandibular ao M3, antes utilizados nas diagnoses dos táxons de Lamini, podem ser variáveis dentro do grupo, pelo que não podem ser considerados consistentes para distingui-los. Por outro lado, caracteres como a forma dos incisivos inferiores, o tamanho do proto- e do parastilido, a forma dos lofos linguais e lófidos vestibulares, a presença/ausência de dobras de esmalte, a forma do palatino, o desenvolvimento do rostro, o tamanho corporal e as relações entre os comprimentos dos ossos longos, foram considerados muito importantes na diagnose dos táxons. Análises de morfometria tradicional permitiram distinguir a maioria dos ossos entre os gêneros e as espécies estudados. Índices de gracilidade dos metapodiais e índices de proporções entre os ossos longos permitiram determinar diferenças importantes entre os táxons. A partir da revisão do material e do estudo de novos espécimes, foi possível considerar válidos os seguintes táxons para o Pleistoceno da América do Sul: Hemiauchenia paradoxa, Palaeolama major, P. weddelli, Lama guanicoe, L. castelnaudi, Vicugna vicugna, V. provicugna e Eulamaops parallelus. A análise cladistica mostrou que Camelini e Lamini são grupos monofiléticos, bem como os gêneros Palaeolama e Vicugna, ao passo que Hemiauchenia e Lama apresentaram-se parafiléticos. Com relação a Hemiauchenia, o material norteamericano carece de revisão a fim de melhor definir suas espécies. Com relação a eventos de migração e distribuição dos Lamini na América do Sul, pouco pode ser dito, uma vez que ainda faltam estudos sobre a antiguidade de alguns depósitos e sobre a sistemática de alguns táxons norte-americanos.