Papel da polarização dos macrófagos sobre o remodelamento cardíaco

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Rangel, Juliana Oliveira
Orientador(a): Andrades, Michael Everton
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/188980
Resumo: Os níveis circulantes de metilglioxal (MGO) estão aumentados durante o diabetes, infarto agudo do miocárdio (IAM) e doenças inflamatórias. O MGO é um carbonil altamente reativo que gera produtos finais de glicação avançada (AGEs), uma classe de moléculas associada com sinalização inflamatória e insuficiência cardíaca (IC). Drogas anti-AGEs, como a aminoguanidina (AMG), são empregadas no contexto experimental com sucesso limitado. Apesar disso, dados referentes ao impacto de níveis aumentados de MGO in vivo na inflamação durante o infarto são insuficientes. Neste estudo, foi investigado se a administração de MGO in vivo poderia modular a polarização de macrófagos e o remodelamento cardíaco em 10 dias. Ratos Wistar machos de 90 dias de idade (n=68) foram randomicamente alocados nos seguintes grupos: sham, IAM, IAM + MGO, IAM + AMG. Diferentes subgrupos de animais foram seguidos por 2, 6 e 10 dias. Citocinas (IL-6, IL-1β, TNF-α, e IL-10) foram analisadas em homogenato cardíaco e houve um aumento de 65% nos níveis de IL-6 no grupo tratado com MGO no dia 6. No entanto, a expressão de MRC1, um marcador de macrófago M2, aumentou 2x, indicando um direcionamento ao perfil M2. Em conformidade, um aumento de 51% na fibrose cardíaca foi detectado nos animais tratados com MGO, apesar de não serem encontradas diferenças na função cardíaca. Curiosamente, a AMG não protegeu contra o perfil M2 ou a fibrose cardíaca. Nossos resultados sugerem que o MGO pode predispor os macrófagos em direção ao fenótipo M2 e aumentar a fibrose depois de um evento de infarto agudo do miocárdio.