Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2015 |
Autor(a) principal: |
Corrêa, Fabiana Müller |
Orientador(a): |
Romanowski, Helena Piccoli |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/158531
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Resumo: |
Entre janeiro e dezembro de 2014 um grupo de bugios foi acompanhado a fim de determinar o seu deslocamento e dieta, relacionando com a disponibilidade de recursos alimentares, em uma matriz alterada no bairro Lami, extremo sul da capital. Estes dados foram obtidos durante seis dias por mês, através do método de amostragem de todas as ocorrências e varredura instantânea, este último somente para dieta com 5 minutos de observação e 10 de descanso. As distâncias percorridas pelo grupo foram medidas e plotadas em um mapa, onde foi sobreposto um sistema de quadrados (25m x 25m). Adicionalmente foi feito um estudo fenológico, registrando as seguintes fenofases: folha nova, folha madura, fruto novo, fruto maduro e flor. O tamanho total da área de vida foi estimado em 4,9 ha e em média, a distância percorrida diariamente foi de 446 metros. Foi observada a utilização de diferentes elementos que compõem a matriz, como os fios da rede elétrica, que contribuíram em 23% no deslocamento. Os bugios incorporaram a dieta 30 espécies arbóreas, na qual oito são exóticas (20,8%), com destaque para Ficus cestrifolia (34,8%) e Morus nigra (9,7%). Houve um maior consumo de frutos (56,2%), seguido por folhas (39,8%) e flores (4%), onde foi observado uma alta correlação entre o consumo destes itens e a disponibilidade temporal dos recursos. De modo geral, os bugios mostraram certa habilidade em se deslocar em uma matriz alterada, utilizando os fios da rede elétrica para deslocamento quando ausência de árvores, para acessar os recursos. E mesmo estando inseridos em uma região fragmentada pela urbanização, esta área ainda oferece condições básicas à sua sobrevivência, com a disponibilidade de recursos de alta qualidade nutricional durante todo o ano. Porém, o crescente corte de árvores e a ocorrência de acidentes com estes primatas coloca em risco a existência das populações de bugios na região e reforça a necessidade de mitigação dos impactos causados pela urbanização. O conhecimento dos padrões de uso do espaço e preferências alimentares de Alouatta guariba clamitans em uma paisagem antropizada poderá fornecer subsídios para diminuir os efeitos da presença humana e evitar os acidentes com bugios, como choque na rede elétrica, atropelamentos e ataque por cães, no município de Porto Alegre, RS. |