Análise de vulnerabilidade natural à erosão como subsídio ao planejamento ambiental do oeste da bacia hidrográfica do Camaquã - RS

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Lopes, Manoela Sacchis
Orientador(a): Saldanha, Dejanira Luderitz
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/122666
Resumo: A eficiência da gestão ambiental de um território depende em grande parte de levantamentos e estudos sistemáticos prévios sobre os principais elementos e condicionantes do meio físico. Para realizar esses estudos, neste trabalho utilizou-se o método da análise da vulnerabilidade natural à erosão, elaborada com base na metodologia proposta por Crepani et al. (1996;2001). O presente trabalho visou estabelecer a vulnerabilidade ambiental das unidades territoriais básicas considerando a relação entre os processos de morfogênese e pedogênese, a partir da análise integrada da rocha, solo, relevo, vegetação e uso e cobertura da terra e analisar a dinâmica multitemporal (1991 a 2014) da paisagem pelo alto incremento da silvicultura, da porção oeste da bacia hidrográfica do Rio Camaquã – RS. A área de estudo é considerada de elevado interesse ambiental por estar localizada no Bioma Pampa, que apresenta predomínio de campos nativos, matas ciliares, matas de encosta, formações arbustivas, butiazais, banhados e afloramentos rochosos, com estimativas que existam 3000 espécies de plantas e mais de 450 espécies de gramíneas, além de mais de 500 espécies de aves na fauna. A partir dessas peculiaridades, os resultados mostraram que a análise da vulnerabilidade natural à erosão da porção oeste da bacia hidrográfica do Rio Camaquã considera que a área de estudo como não Estável em relação às suas características do meio físico e influência da atividade antrópica. As UTBs mais estáveis (Moderadamente Estável e Medianamente Estável) estão localizadas em áreas com menor predisposição à erosão, apresentando equilíbrio entre a pedogênese e morfogênese. As áreas medianamente estáveis/vulneráveis correspondem à 82% da área total e são consideradas de transição para a vulnerabilidade e 56% da totalidade da área de estudo já são consideradas medianamente vulneráveis. Essas áreas são as mais significativas na área de estudo e ocorrem em toda a região, principalmente nas limitações dos solos podzólico vermelho distrófico, unidade geomorfológica Planalto Residuais, altitudes maiores que 200 metros e classes de uso e cobertura da terra como reflorestamento e agricultura. As áreas moderadamente vulneráveis predominaram na porção central, noroeste e sudoeste, ao total somam 12% do território estudado. Essas áreas estão localizadas, principalmente, onde ocorrem as formações geológicas Rosário do Sul e Depósitos Aluvionares, associadas às outras variáveis com média/alta vulnerabilidade, como solos solos litólicos eutróficos e podzólico vermelho distrófico, unidade geomorfológica Planalto Rebaixado Marginal, altitudes maiores que 200 metros e classes de uso e cobertura da terra como solo exposto, reflorestamento e agricultura. Essa classificação deve-se ao fato de que os Depósitos Aluvionares são as áreas consideradas mais instáveis das classes geológicas, pois nessa classificação apresentam-se as areias, cascalheiras, siltitos e sedimentos da planície de inundação e depósitos da rede fluvial. Em relação a dinâmica multitemporal das áreas de silvicultura, concluiu-se que áreas de reflorestamento em 1991 abrangiam, aproximadamente, 32.025 hectares e em 2014 esse número chegou a 124.256 hectares. Entretanto, não se aplica nesse trabalho, a oposição quanto aos plantios de florestas exóticas, mas sim a não extensão de grandes áreas em um bioma de tanta importância e que segundo o Ministério do Meio Ambiente deve ter constante cuidado e preservação, para que se atinjam menores impactos ambientais. Assim, o mapeamento da vulnerabilidade natural à erosão e o estudo referente à dinâmica multitemporal das áreas de reflorestamento podem auxiliar nas futuras gestões territoriais, possibilitando um maior ordenamento juntamente ao planejamento ambiental adequado.