Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Pinto, Fernanda de Almeida |
Orientador(a): |
Flores, Rafael Kruter |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/200164
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Resumo: |
Esta Dissertação de Mestrado Acadêmico tem o objetivo de expor as contradições da vida cotidiana das comunidades que vivem às margens do rio Camaquã, investigando se os modos de vida dessas comunidades carregam a possibilidade de uma realidade capaz de confrontar, desmistificar e desalienar (ainda que recaindo em novas alienações) as modalidades de vida cotidiana imposta pela estrutura capitalista da sociedade e da vida. O estudo é orientado pela obra Crítica da Vida Cotidiana, de Henri Lefebvre (2014), que atribui ao cotidiano uma significação mais relevante que busca revelar a imensa riqueza presente nos fatos mais humildes da vida. O referencial desta pesquisa é marcado pela política do possível, pela necessidade de construir futuros nos quais os seres humanos realizem suas potencialidades, levando à luz os elementos positivos do cotidiano a partir daquilo que há de mais negativo. O principal procedimento de investigação é a observação participante, que possibilitou minha aproximação aos lutadores sociais. Nesse sentido, através das vivências proporcionadas pela pesquisa de campo, buscou-se revelar a riqueza presente nos fatos simples do cotidiano dessas comunidades. Através da Teoria dos Momentos, desenvolvida por Lefebvre (2014), foi possível identificar que os modos de vida das comunidades de luta da bacia do rio Camaquã expressam sua crítica da vida cotidiana em dois momentos: o primeiro momento diz respeito às investidas do capital na produção pecuária local pautada no discurso da produção sustentável e da pecuária familiar como vocação do Pampa; o segundo momento se observa na luta contra a mineração. Esses momentos são escolhas que rompem com a situação de ambiguidade do cotidiano, mas que não superam todas as contradições da realidade. As escolhas feitas pelos moradores levam à compreensão da existência de uma consciência em relação aos caminhos possíveis, de uma ação como um meio de acesso ao que é possível: a defesa dos modos de vida das comunidades da bacia do rio Camaquã. É assim que essas comunidades fazem sua crítica da vida cotidiana, através de contradições e alienações, como um “lampejo” de uma visão total. |