Caracterização transcricional de infiltrados imunológicos e sua relação com a sobrevida de pacientes com glioblastoma

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Pereira, Mariana Brutschin
Orientador(a): Lenz, Guido
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/170192
Resumo: Introdução: A complexidade das populações de células do sistema imunológico infiltrando tumores humanos com seus efeitos sinérgicos ou antagônicos pode influenciar os tumores de forma diferente. Embora as células do sistema imunológico sejam encontradas dentro do sítio tumoral, a razão para incapacidade do sistema imunológico em eliminar o tumor foram pouco elucidadas. Objetivo: Avaliar a importância das diferentes populações de células no sistema imunológico presentes no microambiente tumoral de glioblastoma e seus efeitos sobre as demais células em relação ao prognóstico dos pacientes. Metodologia: Foram utilizados dados de transcriptoma e dados clínicos gerados pelo The Cancer Genome Atlas (TCGA) e meta-assinaturas representando diferentes células do sistema imunológico previamente descritas. A relação entre as meta-assinaturas foi avaliada através de análises de mapa de calor e correlação de Pearson. As análises de sobrevida foram realizadas através de gráficos de Kaplan-Meier das meta-assinaturas individualmente, com dois e três elementos. Resultados e Discussão: Assinaturas transcricionais de diversas populações do sistema imunológico com papel imunossupressor foram encontradas infiltrando tumores de pacientes com glioblastoma, tais como macrófagos, células NK e NK T, MDSCs e Tregs e correlacionaram com um pior prognóstico dos pacientes. As meta-assinaturas T CD8+ e CD4+ não foram capazes de predizer o prognóstico dos pacientes sozinhas. No entanto, na ausência de elementos de imunossupressão, os pacientes com alta expressão da meta-assinatura de células T CD8+ mostraram melhor sobrevida em relação aos demais. Observamos uma divisão das meta-assinaturas em 4 conjuntos distintos, sendo um deles formado por Macrófagos, MDSCs e Tregs demonstrando pior prognóstico e outro cluster contendo CD4 e CD8 conferindo um melhor prognóstico, ambos quando altamente expressos. Esses resultados não se repetiram para gliomas de grau II e III. Conclusão: Se considerarmos as assinaturas transcricionais dos diferentes aspectos da resposta imunológica de forma integrada, teremos um impacto preditivo sobre a sobrevivência com papel positivo para a meta-assinatura referente a linfócitos CD8 e negativos para as meta-assinaturas de macrófagos, MDSC, Tregs, NK e NK T em pacientes com glioblastoma pacientes. A compreensão acerca desses diversos fatores reguladores e estimuladores do sistema imunológico no paciente, bem como no microambiente tumoral, é essencial para delinear uma estratégia eficaz com o objetivo de aumentar a resposta imune antitumoral e gerar benefícios clínicos reais.