Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Bianco, Matheus Ibelli |
Orientador(a): |
Haines, Andrés Ernesto Ferrari |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/243131
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Resumo: |
Embora usualmente esquecidas pela literatura convencional das Relações Internacionais, raça, império e administração colonial estiveram no centro do debate da política global e da gênese da disciplina entre o fim do século XIX e início do XX. Estes esquecimentos são favorecidos por leituras unicamente estadocêntricas da política internacional, pela utilização de conceitos atemporais como “anarquia” e pela reprodução de mitos historiográficos, como o do nascimento da disciplina em 1919. A partir de um estudo de caso sobre a esquecida colonização dos EUA sobre as Filipinas (1898-1906), o objetivo geral desta dissertação é resgatar histórias transnacionais de império e raça nas RIs, discutindo-se concomitantemente a ascensão dos EUA enquanto nação imperial no fim do século XIX. Partindo de pressupostos teóricos da Sociologia Histórica Global, busca-se investigar ainda, por intermédio da historiografia crítica e de métodos históricos e discursivos, alguns mecanismos analíticos que favorecem os esquecimentos coloniais nas RIs. Por fim, analisa-se como a colonização dos EUA sobre as Filipinas esteve vinculada à gênese da disciplina de Relações Internacionais, através, sobretudo, do Journal of Race Development (1910-1919). Esta revista, antecedente da prestigiada Foreign Affairs, também foi apagada da historiografia disciplinar e possuiu a administração colonial-racial estadunidense sobre as Filipinas como cerne de suas discussões. Entendendo que o estudo da colonização dos EUA sobre as Filipinas pode colaborar com a historiografia das RIs, busco contribuir, empírica e teoricamente, com as crescentes discussões acerca da genealogia e história intelectual das RIs. |