Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2008 |
Autor(a) principal: |
Fontanari, Ivan Paolo de Paris |
Orientador(a): |
Lucas, Maria Elizabeth da Silva |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/14398
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Resumo: |
Com objetivo de contribuir para a compreensão antropológica da experiência urbana nas grandes cidades contemporâneas, este estudo aborda o tema da construção e reconstrução das trajetórias individuais e coletivas entre grupos populares, dialogando com a literatura contemporânea das Antropologias da Performance, Música, Globalização, Prática e Urbana. Faz isso evocando os sentidos de: “ser DJ (disc-jóquei)”, tocar música eletrônica (drum & bass e techno), realizar e participar de festas, para indivíduos residentes nas periferias urbanas de São Paulo, mostrando como estes sentidos são por eles construídos, estando permeados por questões de classe, etnia/raça, gênero e geração. O estudo descreve e analisa as trajetórias de nove DJs em diferentes momentos de suas carreiras, procurando situá-las no cenário etnográfico da pesquisa, reconstruído com descrições de campo e com o auxílio das narrativas dos vinte e cinco DJs entrevistados. Mostra que, embora haja diferentes modos de equilibrar o antagonismo percebido entre, por um lado, “ser DJ”, e por outro, ser um trabalhador de baixa qualificação (auxiliar de escritório, entregador, confeiteira, cobrador de ônibus, etc.), “ser DJ” representa um desvio em relação ao conceito dominante de trajetória no mundo sociocultural no qual foram socializados. Este desvio, por sua vez, seria potencializado/produzido pela mediação do caráter crítico, “estranho”, da música eletrônica – linguagem musical e performática globalizada – para a sensibilidade, esquemas interpretativos e categorias de entendimento dominantes entre os grupos populares de São Paulo, o que parece ser, para os seus adeptos, o principal apelo deste tipo de linguagem expressiva. |