Juventude, mídias sonoras e cotidiano escolar: um estudo em escolas de periferia

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2010
Autor(a) principal: Vale, Fernanda Feitosa do [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/90068
Resumo: A pesquisa teve por objetivo analisar os significados da música na vida dos jovens de periferia, e verificar como os códigos juvenis associados às vivências musicais se fazem presentes na instituição escolar. O estudo foi desenvolvido em duas escolas de periferia situadas no município de Rio Claro – SP. No trabalho de campo distribuímos um questionário para as turmas do 1º e 2º ano do ensino médio matutino das duas escolas, com o objetivo de identificarmos diferentes grupos de jovens e os respectivos estilos musicais inscritos na sociabilidade de cada turma. Na primeira leitura dos dados, verificamos uma multiplicidade de estilos musicais na maioria dos questionários, e também alguns jovens que assinalaram apenas 1 estilo musical. A partir disto, construímos um questionário mais pormenorizado, e solicitamos aos alunos que indicassem os estilos musicais preferidos e aqueles de não afinidade. Responderam este questionário 316 jovens com idades entre 14 e 19 anos, matriculados nas duas escolas. Os estilos musicais mais citados foram o samba/pagode, dance/eletrônica e o funk. O que problematiza a concepção de que os jovens de periferia estariam fixados nos estilos musicais rap e/ou funk. Os dados foram analisados quantitativamente, mas tendo como referência à hipótese de que era possível identificar grupos de jovens com um ou mais estilo musical percebidos como compatíveis entre si, e incompatíveis frente a outros grupos. Entretanto, diante da heterogeneidade presente nos questionários, não nos foi possível fazer estas delimitações. Assim, entrevistamos individualmente jovens que assinalaram muitos estilos, e aqueles que marcaram apenas 1. No total foram entrevistados 16 adolescentes 8 meninas e 8 meninos. Para exame dos depoimentos utilizamos a técnica análise de conteúdo. Na análise das entrevistas verificamos que a música se inscreve nas sociabilidades...