O papel da mãe na construção do fenômeno transacional na criança : primórdios da construção do sujeito

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2003
Autor(a) principal: Aguiar, Marjorie Loh
Orientador(a): Lopes, Rita de Cassia Sobreira
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/87551
Resumo: O presente estudo tem por objetivo investigar o papel da mãe na consttução dos fenômenos/espaço transicional. Estes fenômenos foram considerados, a partir da concepção de Winnicon (1971/1975), e o papel da mãe foi investigado a partir do conceito de mãe suficientemente boa de Winnicott e também através das teorizações de Dolto acerca das trocaS simbólicas que se estabelecem na relação entre mãe e bebê. Foi realizado um estudo de caso coletivo com cinco casais e seus respectivos bebês. Os casais residiam junto e as mães eram primíparas. Os participantes pertenciam a um projeto longitudinal maior (GIDEP, 1999). As mães foram entrevistadas nos seguintes períodos: terceiro mês, oitavo mês, décimo segundo mês e vigésimo quarto mês de vida do bebê. Os bebês/crianças foram filmados em laboratório nos períodos do décimo segundo mês e do vigésimo quarto mês. As entrevistas foram analisadas através da Analise de Conteúdo (Laville e Dione, 1999), com o objetivo de identificar os fenômenos e objetos transicionais aos quais os bebês/crianças recorriam e com o intuito de examinar as falas da mãe que faziam referência aos momentos de separação do filho, assim como de que modo elas estabeleciam as trocas simbólicas com ele. Em relação à análise das filmagens, foram selecionadas algumas cenas as quais foram consideradas significativas para exemplificar o uso de fenômeno transicional e a interação mãe e bebê. O brincar das crianças também foi investigado nas filmagens. Os resultados revelaram que todas as crianças utilizaram algum fenômeno ou objeto transicional em algum dos períodos mencionados. Elas recorriam a eles no momento de dormir ou quando se encontravam sós. Quanto ao papel da mãe, percebeu-se que os objetos aos quais os bebês desenvolviam alguma ligação foram oferecidos por ela. Ressalta-se as trocas simbólicas que a mãe estabelece com o bebê, percebendo que estas constituem material para o brincar que depois a criança apresenta nas filmagens. Observou-se, em torno de doze meses, o aparecimento do fort-da, bem como o iDÍcio da brincadeira de faz-de-conta. Wmnicott já apontava para a permanência desta área de transição, fundada pelos fenômenos e objetos transicionais, referindo que é preenchida pelo brincar e pela experiência cultural.