Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2014 |
Autor(a) principal: |
Carvalho, Juliane Cristina Bugs de |
Orientador(a): |
Henriques, João Antonio Pêgas |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/180583
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Resumo: |
As sementes, caule e raízes de várias espécies do gênero Entada, tais como Entada africana, Entada abyssinica e Entada phaseoloides são usadas na medicina tradicional para o tratamento de diversas doenças, como doenças do fígado, doença do sono, e hemorróidas. Entada polystachya (L.) DC. (Leguminosae) é uma planta nativa e comum em matas costeiras do oeste do México, América Central, Colômbia e Brasil. A raiz de E. polystachya é utilizada no tratamento de doenças venéreas e como diurético. No entanto, a composição química de E. polystachya é pouco conhecida e o potencial tóxico desta espécie não foram ainda investigados. Portanto, devido à utilização popular de espécies Entada e o interesse na obtenção de novas moléculas com potencial farmacológico, especialmente atividade antiproliferativa, se faz importante avaliar os efeitos tóxicos destas plantas. No presente estudo, foram avaliadas as propriedades citotóxicas, genotóxicas e mutagênicas do extrato bruto de sementes de E. polystachya (EBSEP) em dois modelos biológicos: em células de fibroblastos de pulmão de hamster chinês (células V79) e na bactéria Salmonela typhimurium. Em células V79 tratadas com concentrações crescentes de EBSEP, a atividade citotóxica, foi determinada usando ensaio de MTT, ocorre na concentração de 10 g/mL após 2 h de exposição. Consistentemente, o tratamento das células V79 por 2 h com EBSEP aumentaram os níveis de peroxidação lipídica e a atividade das enzimas superóxido dismutase (SOD) e catalase (CAT), caracterizando um estado de estresse oxidatívo Nas concentrações maiores de 10 g/mL, o EBSEP induziu a formação de quebras de DNA em células V79, como evidenciado pelo ensaio cometa alcalino. O EBSEP induziu a danos oxidativos ao DNA, determinados pelo ensaio cometa modificado empregando as endonucleases formamidopirimidina DNA-glicosilase (Fpg) e endonuclease III (endoIII). O tratamento também induziu aumento no número de células binucleadas e na frequência de micronúcleos no teste micronúcleo em células V79, salientando o potencial citotóxico e mutagênico do extrato. O EBSEP pode induzir alteração no quadro de leitura em S. typhimurium. Assim, moléculas presentem no extrato podem apresentar um comportamento similar a um agente intercalante. Por fim, a análise por EMAR (Espectrometria de Massa de Alta Resolução) mostrou a presença de glicose, aminoácidos e os compostos: 6-hidroxi-2,6-dimetil-2, 7 - ácido octadienoico (C10H15O3) e 3-deoxysapanchalcona (C16H31O2) foram propostos ser uma saponina e uma chalcona, respectivamente. Portanto, devido ao reconhecido potencial tóxico de saponinas e chalconas, estas moléculas podem estar modulando os efeitos tóxicos do extrato. Em resumo, os efeitos celulares do EBSEP parecem ser muito complexos e ligados a habilidade de moléculas presentes no extrato, como a saponina e a chalcona, de induzir distúrbios na homeostase redox celular e na capacidade de intercalar no DNA, que conduzem a dano e a quebras do DNA e morte celular. |