Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
Nunes, Mônica |
Orientador(a): |
Wanderer, Fernanda |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/165712
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Resumo: |
A presente dissertação é fruto de uma pesquisa que teve por objetivo analisar enunciações de alunos de uma instituição pública de ensino de Estrela-RS sobre a escola e sobre as relações étnico-raciais. As ferramentas teóricas do estudo estão vinculadas às teorizações de Michel Foucault e seus comentadores, como Alfredo Veiga-Neto, Júlia Varela, Dagmar Meyer e Mozart Linhares da Silva. A parte empírica da investigação foi desenvolvida com alunos do 8o ano de uma escola municipal de Estrela/RS, cidade marcada pelos processos de colonização alemã. Para produzir o material de pesquisa foram utilizadas técnicas de inspiração etnográfica, como: escrita em um diário de campo, entrevistas com alunos, observações de aulas e de outros espaços da escola, aplicação de questionários e a realização de atividades pedagógicas na referida turma de alunos. A estratégia analítica utilizada para examinar esse material orientou-se pela análise do discurso na perspectiva foucaultiana. A análise mostrou que, em relação à escola, os alunos a consideram importante para o seu futuro, principalmente no que diz respeito à inserção no mercado de trabalho e possibilidade de prosseguirem os estudos. Além disso, evidenciou-se que os estudantes,ao narrarem o que seria um “bom” ou um “mau” aluno, estão capturados pelas marcas da escola moderna, pois realizam tal diferenciação utilizando critérios como comportamento e cumprimento das tarefas escolares. Em relação às questões étnico-raciais, foi identificado que os alunos percebem tensões na cidade e não se reconhecem como negros, preferindo denominar-se como “morenos”. Segundo suas enunciações, negros são apenas os haitianos que habitam o município a partir de 2012, em função do tom “mais escuro” de sua pele. Os alunos, contudo, não percebem tensionamentos étnico-raciais na escola e afirmam que não há racismo no ambiente escolar, embora eles próprios evitem denominar-se negros. |