Sucção endotraqueal em recém-nascidos não vigorosos nascidos em líquido amniótico meconial : revisão sistemática e meta-análise

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Souza, Lucian de
Orientador(a): Carvalho, Clarissa Gutierrez
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/266516
Resumo: Introdução: O líquido amniótico meconial é altamente associado a morbidade e mortalidade. O atendimento de sala de parto dos recém-nascidos expostos ao mecônio variou amplamente durante as últimas quatro décadas. Atualmente, a recomendação é não realizar aspiração rotineira da traqueia desses recém-nascidos, mesmo quando não vigorosos. No entanto, faltam evidências se há benefícios ou danos no manejo menos intervencionista desses neonatos. Objetivos: Avaliar o efeito da aspiração traqueal comparada com a não aspiração na morbidade e mortalidade de recém-nascidos com líquido amniótico meconial não vigorosos. Métodos: Foi realizada uma revisão sistemática da literatura, com coleta de dados de desfechos clínicos de interesse – síndrome de aspiração do mecônio, mortalidade, escore Apgar no 5º minuto, admissão e tempo de internação em UTI neonatal – dos estudos selecionados, os quais foram submetidos a meta-análise. Resultados: Sete estudos (n=1.110 pacientes) preencheram os critérios de inclusão: 4 ensaios clínicos randomizados e 3 coortes. Não houve diferença entre aspiração traqueal e não aspiração para todos os desfechos estudados: mortalidade (RR 1,21; 95% CI 0,67 a 4,05; I² = 17%, estudos = 4; participantes = 581), síndrome de aspiração do mecônio (RR 0,82; 95% CI 0,56 a 1,21; I² = 67%, estudos = 6; participantes = 881), escore Apgar no 5º minuto (RR 0,99; 95% CI 0,81 a 1,21; I² = 0%, estudos = 6; participantes = 881), internação em UTI neonatal (RR 1,05; 95% CI 0,38 a 2,91; I² = 95%, estudos = 3; participantes = 529) e tempo de internação em UTI neonatal (MD -4,18; 95% CI -20,82 a 12,46; I² = 58%, estudos = 6; participantes = 719). Conclusões: A evidência atualmente disponível não apoia nem refuta os benefícios da sucção traqueal de rotina em comparação com a ausência de sucção em neonatos não vigorosos nascidos por meio de líquido amniótico meconial. Considerando o princípio de prevenção de danos, até que mais evidências estejam disponíveis, a sucção traqueal de rotina de recém nascidos não vigorosos com mecônio deve ser abandonada.