Verdades em (des)construção : uma análise documental das práticas integrativas e complementares em saúde

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Silveira, Roberta de Pinho
Orientador(a): Rocha, Cristianne Maria Famer
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/238670
Resumo: Nesta pesquisa busco conhecer como foram se constituindo os regimes de verdade sobre as Práticas Integrativas e Complementares em Saúde nas políticas públicas de saúde, especialmente na Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares (PNPIC), implantada a partir da Portaria GM nº 971 (BRASIL, 2006), que incluiu saberes e práticas não convencionais no Sistema Único de Saúde (SUS). Assim, analiso as PICS como uma invenção, uma fabricação que teve sua emergência na PNPIC. Ao olhar para a história como a emergência de invenções e fabricações das coisas, dos saberes, da própria formação dos sujeitos, percebemos o seu caráter político, interessado e construtivo. Portanto, é necessário considerar que as histórias ao se estabelecerem como uma verdade, são mais precisamente o resultado de diferentes disputas empreendidas por variados grupos sociais num tempo e lugar, e não constituem a única história sobre um tema. Assim, essa pesquisa, de abordagem qualitativa inspirada na genealogia de Michel Foucault, se inscreve em uma perspectiva Pós-Moderna para olhar, refletir sobre e analisar os documentos como monumentos da história. Dessa forma, possibilita saber que os regimes de verdade que constituem as PICS, silenciam os saberes e práticas dos povos originários do nosso país e convergem para os discursos e as práticas de Promoção da Saúde, na sua vertente que responsabiliza os estilos de vida nos processos de saúde e doença ao mesmo tempo que por meio do dispositivo do risco conduz as condutas dos indivíduos e da população produzindo corpos e subjetividades controlados pelas políticas neoliberais.