Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Ortiz-Monsalve, Santiago |
Orientador(a): |
Gutterres, Mariliz |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/201559
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Resumo: |
A micorremediação consiste na aplicação de fungos no tratamento de poluentes. Este tipo de biorremediação é apresentada como uma alternativa promissora para o tratamento de efluentes industriais. No processo de manufatura de couro, são produzidos efluentes da etapa de tingimento contendo corantes sintéticos que podem ser uma ameaça para o meio ambiente e para a saúde humana. Neste estudo, a cepa nativa do fungo Trametes villosa SCS-10, foi avaliada por sua capacidade na micorremediação de corantes para couro a partir de soluções aquosas, efluentes de tingimento e matrizes sólidas. Na primeira etapa, foi avaliada a biodescoloração e biodegradação dos corantes Vermelho Ácido 357, Preto Ácido 210 e Azul Ácido 161, em solução aquosa. Em uma segunda etapa, o fungo foi avaliado pelo seu potencial de micorremediação de efluentes reais de tingimento contendo os corantes Vermelho Ácido 357 e Laranja Ácido 142. Nas etapas em meio líquido, a cepa apresentou alta eficiência de biodescoloração, obtendo mais de 90% de remoção de cor para os corantes e efluentes avaliados. Durante o tratamento, T. villosa tolerou altas concentrações de corantes (até 1000 mg L−¹) e uma ampla faixa de pH (4,0 – 8,0). No processo, foram observados picos notáveis de atividade da enzima lacase (até 1550 U L−¹). A inibição da lacase reduz a eficiência de biodescoloração, indicando que a biodegradação enzimática foi a principal responsável pela remoção de cor. Os experimentos in vitro e as análises no espectro visível (UV - Vis) e no infravermelho (FT - IR) confirmaram a ocorrência de biodegradação. No tratamento dos efluentes, T. villosa mostrou mais de 80% de remoção da demanda química de oxigênio e carbono orgânico total, e 50 – 70% de biodetoxificação. Na etapa final, foi avaliada a eficiência de um tratamento combinado, usando adsorção e cultivo em fase sólida, sobre o corante Azul Ácido 161. Biocarvão produzido a partir de resíduos de madeira foi eficiente na adsorção do corante. O corante retido no material foi tratado mediante biodegradação por cultivo em fase sólida com Trametes villosa SCS - 10. A cepa atingiu 91.36 ± 1.32% de biodegradação, associada aos picos de atividade lacase (1000 U L−¹). Os resultados promissores obtidos neste estudo demostraram que o fungo T. villosa SCS – 10 é adequado para o tratamento de efluentes de tingimento de couro. São necessários mais estudos para melhorar a aplicabilidade em grande escala. |