Indicador social para o Rio Grande do Sul : uma análise a partir da abordagem das capacitações

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2009
Autor(a) principal: Barden, Júlia Elisabete
Orientador(a): Comim, Flavio Vasconcellos
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/17340
Resumo: O agravamento das condições sociais de muitos países motivou 189 países-membros da ONU a aprovarem, em 2000, a Declaração do Milênio, que define os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM). Os valores essenciais necessários para a promoção do bem-estar considerados pelos ODM, que definem os objetivos e as metas, levam em consideração o conceito de desenvolvimento humano da abordagem das capacitações e a Declaração Universal dos Direitos Humanos. Logo, para que haja desenvolvimento, deve haver expansão das oportunidades para que as pessoas possam viver com liberdade e dignidade, a fim de promover a expansão das capacitações fundamentais. Dessa maneira, por meio dos ODM, processo conduzido e monitorado pela ONU, busca-se promover as capacitações fundamentais. Um dos desafios desse processo, e de qualquer processo de desenvolvimento, é a produção de levantamentos estatísticos para o seu acompanhamento. Este estudo estrutura e analisa um indicador social agregado para o Rio Grande do Sul a partir dos ODM. Dada a natureza do indicador, uma das preocupações, além de preservar o seu caráter multidimensional, foi utilizar um sistema de ponderação para que o indicador reflita os pesos de cada dimensão e as variáveis em cada uma delas. Ou seja, levar em consideração que as diferentes dimensões não contemplam a mesma participação na satisfação do bem-estar. Para tal, foram utilizados dados secundários referentes aos ODM, para os 496 municípios gaúchos, coletados em diversas fontes (IBGE, FEE, Datasus, INEP, dentre outros). Inicialmente, através de técnicas estatísticas multivariadas de análise fatorial via componentes principais, foram estimados os pesos. No segundo momento, a partir dos pesos estimados, foi estruturado o indicador, geral e por dimensão, denominado de Índice dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (IODM). Os resultados indicam que o índice é sustentado por três fatores: o primeiro, corresponde a 39,89% (indicadores de ensino básico, sustentabilidade ambiental e saúde materna); o segundo, com 32,58% (indicadores de pobreza e fome, igualdade entre os sexos e autonomia das mulheres); e o terceiro fator, com 27,53% (indicador de combate às doenças e mortalidade infantil). O IODM por município apresenta uma hierarquização diferente dos indicadores comumente utilizados, que levam em conta o princípio da equiproporcionalidade. Logo, infere-se que esse resultado não se dá somente pelas dimensões que o IODM utiliza, mas, também, pelo sistema de ponderação adotado.