Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Martins, Diego da Silveira |
Orientador(a): |
Romanowski, Helena Piccoli |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/221520
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Resumo: |
As mudanças climáticas têm impacto em todos os níveis de organização da biodiversidade, em ambientes terrestres e aquáticos. Um grupo chave no funcionamento de ecossistemas são os insetos, que podem ser afetados pelas mudanças climáticas de maneira direta ou indireta, através de suas plantas hospedeiras. A borboleta Euryades corethrus é uma espécie endêmica dos campos do sul da América do Sul. Devido à alta destruição e conversão de habitat, a espécie tem o Rio Grande do Sul, no Brasil, como o principal local onde é encontrada atualmente. No Rio Grande do Sul ocorrem três espécies de planta indicadas como hospedeiras de E. corethrus: Aristolochia fimbriata, Aristolochia triangularis e Aristolochia sessilifolia. No entanto, A. fimbriata é rara e escassa e a borboleta é encontrada se alimentando apenas em A. sessilifolia. Este estudo buscou avaliar os efeitos das mudanças climáticas sobre a distribuição de E. corethrus, incluindo suas plantas hospedeiras. Para isso, a capacidade de se alimentar de A. triangularis foi testada. Após isso, foram avaliados os impactos de diferentes cenários de mudanças climáticas (RCP 4.5 e RCP 8.5 em 2050 e 2070) na distribuição da borboleta, sua (s) hospedeira (s) e a área de sobreposição de suas distribuições, utilizando modelos de distribuição de espécies. Os resultados indicam que apenas A. sessilifolia é utilizada como hospedeira, pelo menos no Rio Grande do Sul. Os modelos de distribuição sugerem que as mudanças climáticas não teriam um efeito direto marcado na extensão de ocorrência de E. corethrus, mas causariam uma contração relevante na distribuição de A. sessilifolia. Em razão disso, a área de sobreposição entre distribuições de borboleta e hospedeira diminui em todos os cenários futuros. Esses resultados indicam que as mudanças climáticas podem aumentar o risco de extinção de E. corethrus, já ameaçada pela perda de habitat e deficiente proteção por unidades de conservação dos campos onde ocorre. Assim, se reforça a necessidade de aumentar os esforços de conservação de ambientes de campo, e a importância de se utilizar informações de plantas hospedeiras em estudos de impactos de mudanças climáticas em insetos, e sua conservação. |