Gênese e evolução de veios hidrotermais de Vila Nova do Sul, RS (Terreno São Gabriel) : significado e implicações para metalogenia

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Hoerlle, Guilherme Sonntag
Orientador(a): Remus, Marcus Vinicius Dorneles
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/197268
Resumo: Veios e stockworks de fluorita, mica e feldspato hospedam sulfetos de chumbo, zinco e cobre no noroeste do Terreno São Gabriel, sul do Brasil. Os veios preenchem estruturas de segunda e terceira ordem em mármores calcíticos neoproterozoicos do Complexo Cambaí e tem sua origem relacionada ao magmatismo pós-colisional alcalino da Formação Acampamento Velho (~550 Ma). Os veios são comumente zonados simetricamente, apresentando das bordas para o centro: fluorita e sericita, muscovita, Kfeldspato e albita (carbonatos e óxidos). Galena, esfalerita, calcopirita, pirita e cassiterita (incomum) estão disseminadas nos veios ou concentrados em bolsões de minério. A petrografia do veio e estudo microtermométrico em inclusões fluidas na fluorita indicam que os veios hidrotermais foram formados em ambiente raso a partir de mistura de fluidos magmáticos e meteóricos em temperaturas entre 130° e 160°C. A deposição do veio iniciou com a nucleação da fluorita devido à alta atividade do F e a grande disponibilidade de Ca na rocha hospedeira a partir de fluidos hidrotermais em torno de 140°C e salinidade de aproximadamente 4% em peso de NaCl equivalente. Simultaneamente, a cristalização da sericitia preencheu os espaços entre os cristais de fluorita. O segundo estágio da evolução do veio favoreceu o crescimento de muscovita grossa. A composição química das micas indica que a origem é pós-magmatica e hidrotermal. Nesse estágio, o aumento da contribuição do fluido magmático aumentou a salinidade, chegando a 12% em peso de NaCl equivalente, e a atividade de K2O, Na2O e SiO2, resultando na paragênese de albita, K-feldspato (adulária) e muscovita. A deposição de sulfeto disseminado é mais abundante nos estágios intermediário e tardio da evolução do veio, relacionado ao aumento da salinidade. Além disso, as ocorrências de fluorita e sulfetos de Pb-Zn-Cu em riolitos e cavidades miarolíticas de granitoides alcalinos, acrescentadas às anomalias de Pb-Zn-Cu em sedimentos de corrente e análises de solo e anomalias de F na água subterrânea na região pode indicar que um sistema magmático-hidrotermal é a ligação entre as diversas ocorrências descritas isoladamente. Por fim, veios de quartzo auríferos hospedados por granitoides alcalinos, acompanhados por halos de alteração com fengita, feldspato, pirita e fluorita associados geneticamente aos veios e stockworks estudados podem indicar que as ocorrências metálicas sejam parte de um mesmo sistema álcali-epitermal potencialmente mineralizado.