Aproximación a la cosmopolítica de los colectivos indígenas de la Sierra Nevada de Santa Marta : ley de sé, estado y patrimonio

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Prieto, Ana Milena Horta
Orientador(a): Silva, Sergio Baptista da
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Espanhol:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/129003
Resumo: O presente trabalho explora eventos de articulação entre coletivos indígenas da Serra Nevada de Santa Marta, localizada ao norte da Colômbia, e o estado, entendo-os como mundos com planos ontológicos e sistemas epistemológicos diferentes que coexistem e se reorganizam em cada um dos eventos, respondendo a hegemonias específicas em contextos particulares. A lei de Sé, ou lei da origem, estabelece uma política de alteridade que permite a existência de multiplicidades e diferenças que não se reduzem a princípios determinados, pois se trata de domínios móveis de conhecimento e pensamento que constroem pessoas, corpos e o território a partir de conexões parciais, potencialmente perigosas se não forem mediadas por lideranças espirituais (os mamos) para que aconteçam em harmonia e acordo entre os seres (Yuluka). As entidades múltiplas são subordinadas e ignoradas nos espaços de tomada de decisões sob o território, a partir de sistemas de conhecimento e políticas que entendem a natureza como cenário externo e objetivo, e a cultura como marcador da diferença que essencializa, isola e nega conflitos históricos e políticos, em um marco em que tanto natureza e cultura são potencialmente mercantilizáveis. Neste contexto, as práticas de patrimônio são uma estratégia do estado para regular a mercantilização da diferença, enquanto que os indígenas as apropriam como estratégia para defender a vitalidade do seu território, entendido como tecido de relações entre seres diversos. No entanto, a subordinação não implica a captura, pois as multiplicidades continuam coexistindo no movimento contínuo entre resistência e novos ou renovados mecanismos de captura.