Avaliação da potência muscular e suas correlações com parâmetros funcionais em pacientes com doença pulmonar obstrutiva crônica

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Schons, Pedro
Orientador(a): Peyré-Tartaruga, Leonardo Alexandre
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/188899
Resumo: Contexto: Além da dispneia crônica, a diminuição de força nos membros inferiores também é característica da doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC), gerando incapacidade funcional e maior risco de queda. Compreender a capacidade de gerar potência muscular nessa população parece ser importante, visto que pode estar associada com as limitações diárias dos pacientes. Objetivos: Comparar a capacidade de gerar potência muscular de membros inferiores, capacidade funcional, número de quedas, preocupação em cair, nível de atividade física e a qualidade de vida de pacientes com DPOC em relação a pessoas saudáveis, além de avaliar as associações entre essas variáveis nos pacientes com DPOC. Métodos: Foram avaliados 20 pacientes com DPOC (VEF1 % do previsto: 39,98 ± 11,69%; Idade: 62,95 ± 8,06 anos) e 16 pessoas saudáveis (VEF1 % do previsto: 97,44 ± 14,45%; Idade: 59,94 ± 6,43 anos), todos os participantes realizaram testes de potência muscular por meio dos saltos Squat Jump (SJ) e Counter Movement Jump (CMJ). Para avaliar a capacidade funcional foram realizados os testes de velocidade autosselecionada de caminhada, velocidade de caminhada em 10 metros, TC6, equilíbrio em uma perna, sentar e levantar, Timed Up and Go (TUG) e subir escadas. Além disso, os participantes responderam os questionários de recordatório de quedas, FES – I (preocupação em cair), IPAQ (nível de atividade física) e Saint George (qualidade de vida). Resultados: A potência muscular de membros inferiores não apresentou diferença entre os grupos (p > 0,05). O grupo DPOC apresentou pior desempenho na maioria dos testes funcionais em comparação com as pessoas saudáveis (p ≤ 0,05). O número de quedas foi associado com a potência muscular nos saltos SJ (r = -0,51) e CMJ (r = -0,62) (p < 0,05). A potência muscular no SJ foi associada com o tempo no TC6 (r = 0,48), TUG (r = -0,47), subir escadas (r = -0,56) e sentar e levantar (r = 0,46). A potência muscular no CMJ foi associada com o tempo no teste de subir escadas (r = 0,48). Conclusão: Os pacientes com DPOC não apresentam prejuízos na potência muscular de membros inferiores em relação a pessoas saudáveis. Porém, o melhor desempenho dessa capacidade está associado a menores números de quedas e realização de movimentos rápidos nessa população.