Correlação entre função muscular, funcionalidade e o perfil inflamatório de pacientes com doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC)
Ano de defesa: | 2019 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
UFPE Brasil Programa de Pos Graduacao em Biologia Aplicada a Saude |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/35699 |
Resumo: | A doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) apresenta como um dos principais sintomas a intolerância ao exercício, capaz de causar impacto sobre as atividades de vida diária e qualidade de vida de seus portadores. A literatura já aponta para a influência da inflamação, local e sistêmica, na patogênese das anormalidades musculares encontradas nos pacientes com DPOC. Desta forma, este trabalho tem por objetivo correlacionar o perfil inflamatório de pacientes com DPOC com função muscular ventilatória, força periférica e capacidade funcional. Trata-se de um estudo do tipo transversal, com uma amostra composta de 28 pacientes, de ambos os gêneros, atendidos no ambulatório de Pneumologia do Hospital Universitário Lauro Wanderley (UFPB). A função muscular ventilatória foi avaliada através da MIP (força inspiratória) e endurance (resistência), utilizando o dispositivo eletrônico e computadorizado KH2 (Powerbreathe®). Também foram avaliados a força periférica através do teste de preensão palmar e a funcionalidade pelo teste de caminhada de 6 minutos (TC6). O perfil inflamatório foi analisado pela proteína C reativa (PCR). A análise estatística foi realizada no software SPSS, versão 18, sendo utilizados os testes Shapiro-Wilk, Qui-quadrado, Kruskal Wallis e Spearman, sendo levada em consideração relevância significativa de 5%. Foi encontrado uma redução de força muscular inspiratória em 96,4% (p<0,001) e de 75% da força periférica (p=0,008). Entretanto, observou-se que em apenas 25% destes pacientes apresentaram IRF (índice de resistência a fadiga) < 88% (p=0,008). Ainda foi observado que 92,9% (p<0,001) dos avaliados não atingiram o esperado no TC e 75% (p=0,008) apresentaram PCR aumentado. Apesar disso, não foram encontradas correlações significativas entre PCR com força muscular respiratória (r= -0,173), periférica (r= -0,223) e funcionalidade (r = -0,183). Foi encontrado correlações significativas entre MIPe pico de fluxo inspiratório (r= 0,532; p=0,004), volume (r= 0,386; p=0,042), potência (r= 0,655; p<0,001), energia (r= 0,727; p<0,001), máxima carga sustentada (SMIP) no teste de endurance (r= 0,443; p=0,018). Também foi observado correlação entre TC6 e pico de fluxo inspiratório (r= 0,547; p=0,003), volume (r= 0,477; p=0,012), potência (r= 0,512; p=0,006) e classificação GOLD (p =0,049). Desta forma, os resultados demostram uma redução importante da força inspiratória, periférica e da funcionalidade, somados a um aumento da PCR. Entretanto não houve correlações significativas entre PCR com força muscular respiratória, periférica e capacidade funcional. |