A energia, o petróleo e a hegemonia dos Estados Unidos da América nas relações internacionais

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Leães, Ricardo Fagundes
Orientador(a): Silva, André Luiz Reis da
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Oil
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/206260
Resumo: A presente tese aborda as interconexões entre os recursos energéticos, destacadamente os hidrocarbonetos, e a hegemonia norte-americana no sistema internacional. Asseveramos, portanto, que a posse e o controle do petróleo e seus similares são um dos fundamentos da hegemonia dos EUA na ordem global, na medida em que esses recursos são pervasivos, escassos e desigualmente distribuídos. Nessas circunstâncias, ressaltamos que o aumento da dependência norte-americana de fontes externas de hidrocarbonetos a partir dos anos 1970 ensejou um crescente intervencionismo no Golfo Pérsico, principal região petrolífera do mundo. Assim, no momento da eleição de Barack Obama à presidência da República, em 2008, os EUA se encontravam cada vez mais presentes no Oriente Médio, sem saber como reverter esse processo. No entanto, desafiando os prognósticos, a tendência de elevação da dependência energética norte-americana foi revertida com o surgimento das fontes não convencionais, que propiciaram ao país a aproximação de um estado de invulnerabilidade energética. Em nossa visão, então, a decisão do governo dos EUA de redirecionar seus esforços estratégicos do Golfo Pérsico para a Ásia-Pacífico se situa nesse contexto, não podendo ser explicada sem referência à questão energética.