Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Goergen, Joseane |
Orientador(a): |
Haas, Alex Nogueira |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/225782
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Resumo: |
Qualidade de vida é um tema estudado em muitas esferas do conhecimento devido a uma rede complexa de causas e dos múltiplos efeitos na vida das pessoas. Na presente tese objetivou-se avaliar qualidade de vida relacionada à saúde bucal (QVRSB) em vários aspectos a partir da produção de dois artigos advindos de análises de dois estudos de base populacional realizados na cidade de Porto Alegre. O primeiro artigo foi derivado do Estudo de Porto Alegre e objetivou associar estágio e grau de periodontite com QVRSB, enquanto o segundo foi gerado a partir de dados do estudo da Colaboração Cario-Perio UFRGS e avaliou inúmeras condições bucais associadas à QVRSB. No primeiro estudo, uma amostra representativa da região metropolitana de Porto Alegre foi derivada em 2001. Exames periodontais em seis sítios por dente foram realizados no início e 5 anos depois. O grau de periodontite foi determinado por evidência direta de progressão da perda de inserção ao longo do acompanhamento. O estágio da periodontite e QVRSB, determinada pelo Oral Health Impact Profile (OHIP-14), foram registrados no exame de acompanhamento. Razão das médias (RM) e intervalos de confiança (IC95%) foram estimados ajustando para idade, sexo, tabagismo, doenças sistêmicas, perda dentária e diagnóstico de periodontite basal. Foram analisados 599 indivíduos. Indivíduos com periodontite grau C, estágio II (RM = 1,49; IC 95% = 1,08-2,04) e III/IV (RM = 1,83; IC 95% = 1,25-2,66) tiveram pontuações de OHIP significativamente maiores do que aqueles sem periodontite ou com periodontite estágio I / grau B. Indivíduos com grau B e periodontites sstágios II e III/IV não diferiram daqueles sem periodontite ou com periodontite astágio I/grau B. No segundo estudo, 1.022 indivíduos representando adultos habitantes de Porto Alegre foram analisados. Modelos de equações estruturais foram aplicados para avaliar as associações entre 11 indicadores de risco de origem bucal com somatório do OHIP. A média geral do OHIP observada foi de 9,2 ± 9,7. Xerostomia autorreportada [coeficiente (coef) = 0,10], halitose autorreportada (coef = 0,28), COD (coef = 0,16) e hipersensibilidade dentinária (coef = 0,19) foram significativa e diretamente associadas aos impactos negativos no OHIP. Recessão gengival foi significativa e indiretamente associada com pior QVRSB devido à maior hipersensibilidade. A percepção da necessidade de tratamento odontológico apresentou impacto negativo e direto no OHIP (coef = 0,40). A partir desses dois estudos pode-se concluir que uma baixa QVRSB foi observada em adultos e idosos brasileiros residentes em uma capital do sul do país, e que condições bucais importantes (xerostomia, halitose, cárie dentária, recessão gengival e hipersensibilidade dentinária) foram associadas aos impactos negativos na QVRSB. Além disso, gravidade e taxa de progressão da periodontite estão associadas a uma pior QVRSB. |