Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Grigolo, Gisele Bettú |
Orientador(a): |
Krause, Maurício da Silva |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/189062
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Resumo: |
Introdução: Os lipídeos da dieta desempenham um importante papel no desenvolvimento da obesidade, e a ingesta excessiva está relacionada com problemas de saúde como o diabetes mellitus do tipo dois (DMT2). A obesidade tem como consequência um estabelecido estado de inflamação crônica de baixo grau, também característico do diabetes, das doenças neurodegenerativas e de doençase cardiovasculares. No entanto, o desenvolvimento da obesidade, inflamação e da resistência à insulina parece ocorrer de forma diferente entre machos e fêmeas mamíferos submetidos a uma dieta rica em lipídeos (High fat diet, HFD) As proteínas de choque térmico, mais especificamente as da família de 70 kDa (HSP70), são reguladoras chaves da inflamação (anti-inflamatória) e da sensibilidade à insulina. Recentemente, foram reportadas na literatura diversas diferenças na expressão dessas proteínas, tendo as mesmas sido mostradas em machos e fêmeas em diferentes tecidos. Objetivos: Esse trabalho teve como objetivos investigar e comparar os efeitos crônicos da HFD sobre a sensibilidade à insulina, estresse oxidativo, metabolismo e expressão de HSP70 entre camundongos C57BL/6J machos e fêmeas. Metodologia: Quarenta camundongos C57BL/6J machos e fêmeas foram alimentados com HFD (ou dieta padrão) por 16 semanas sendo os grupos divididos em 1) Machos em dieta padrão (MP); 2) Machos em dieta hiperlipídica (MHFD); 3) Fêmeas em dieta padrão (FP) e 4) Fêmeas em dieta hiperlipídica (FHFD). Os parâmetros avaliados foram: consumo de ração e de peso dos animais semanalmente; teste oral de tolerância à glicose (OGTT), a cada 4 semanas de tratamento; colesterol total, triglicerídeos e glicemia de jejum. No fígado foi avaliado TBARS, e a expressão da HSP70 em músculo esquelético (gastrocnêmio e sóleo) e fígado dos animais. Resultados: Conforme esperado, foi encontrado aumento do peso dos animais, e aumento da área sob a curva do OGTT a partir da quarta semana no grupo MHFD. Curiosamente, nas fêmeas do grupo FHFD, as diferenças no OGTT apareceram somente na décima sexta semana. A HFD induziu aumento do colesterol total em todos os animais (♂ e ♀), no entanto, o aumento da glicemia de jejum ocorreu somente no grupo MHFD (em relação ao MP). A expressão de HSP70 aumentou no grupo MHFD em comparação ao grupo MP no sóleo. Além disso, tanto no sóleo quanto no gastrocnêmio, a HSP70 aumentou no grupo MHFD em relação ao grupo FHFD. Conclusão: As fêmeas parecem estar mais protegidas do que animais machos dos efeitos da HFD no que diz respeito à sensibilidade à insulina e metabolismo, independentemente da expressão reduzida da HSP70 no músculo esquelético nelas encontrada. Apesar de não mensurado, sugerimos que as maiores concentrações de estrogênio possa estar mediando as diferenças encontradas. |