Autonomia de luz natural vs transmitância luminosa em edifícios envidraçados : estudo de caso com operação de cortinas em Porto Alegre

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Pires, Daniela Pacheco
Orientador(a): Martau, Betina Tschiedel
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/241021
Resumo: Apesar de muitas décadas terem se passado desde o surgimento das fachadas de vidro em edifícios em altura, na década de 1940, essa ainda é uma forma de construir recorrente em todo o mundo, sendo símbolo de status e modernidade. Porém, muitos problemas relacionados ao conforto ambiental podem acompanhar esses edifícios, que, mesmo após inúmeros estudos publicados na literatura sobre sua dificuldade em adequar-se a qualquer tipo de clima, seguem sendo executados. Em climas frios ou compostos, as edificações com as chamadas fachadas em pele de vidro precisam de vidros com grande proteção térmica e, em geral, apresentam valores reduzidos de transmitância luminosa (TL). A incidência da luz natural no interior dessas edificações acaba muitas vezes prejudicada, não apresentando os valores desejáveis de autonomia de iluminação natural no interior dos ambientes. Além disso, extensas áreas de vidro proporcionam em determinadas orientações excesso de incidência direta de sol nos espaços internos, o que em geral resulta no fechamento do sistema de proteção solar interno (cortinas/persianas) por parte dos usuários, contribuindo ainda mais para a redução da iluminância e do contato visual com o exterior. Há na literatura estudos sobre autonomia de luz natural no interior dos edifícios de escritórios, porém são reduzidas as pesquisas nacionais que discutem o impacto da variação da transmitância luminosa dos vidros e o impacto de operação de cortinas nessa autonomia. Considerando esse contexto, neste estudo buscamos avaliar o impacto na autonomia de luz natural em edifícios comerciais com fachadas em pele de vidro, ao se variar a propriedade de transmitância luminosa do vidro e ao incluir a operação de fechamento do sistema de proteção solar interno pelo usuário. A metodologia para o desenvolvimento deste trabalho foi estruturada como um estudo de caso de um edifício na cidade de Porto Alegre, em que foram realizadas simulações de autonomia de luz natural de acordo com a metodologia publicada no ano de 2012 da Illuminating Engeneering Society (IES), IES-LM83, com o software DIVA. A partir desses procedimentos, buscou-se identificar a profundidade limite de configuração de ambientes a partir das aberturas capaz de atender aos critérios definidos pela IES, que são critérios de avaliação utilizados pela certificação LEED e WELL. Os resultados demonstraram que, como esperado, a variação da propriedade de transmitância luminosa do vidro e o fechamento do sistema de proteção solar interno impactaram significativamente e de forma diferente cada orientação solar. O estudo identificou dificuldade de atendimento do requisito definido como preferível pela IES na linguagem arquitetônica avaliada quando considerada a presença de obstruções e a importância da consideração de operação de cortinas e da análise do impacto das diferentes transmitâncias luminosas de vidro nas avaliações de luz natural.