Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2004 |
Autor(a) principal: |
Pochmann, Daniela |
Orientador(a): |
Sarkis, João José Freitas |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/265984
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Resumo: |
Os hormônios esteróides sexuais são amplamente conhecidos pelo seu envolvimento em numerosas respostas fisiológicas. Após a menopausa, quando diminuem os níveis de estrogênio circulantes, as mulheres apresentam um risco aumentado de doenças cardíacas. Evidências têm sugerido que no sistema cardiovascular, o estrogênio exerce um papel protetor reduzindo o risco de desenvolvimento de aterosclerose e complicações cardiovasculares, através da modulação da função vascular e da imbição da agregação plaquetária Os processos de hemostasia e formação de trombos também podem ser afetados pelos nucleotídeos da adenina e pelo nucleosídeo adenosina. Extracelularmente, o nucleotídeo ADP é reconhecido como maior agonista plaquetário, enquanto o nucleosídeo adenosina é um potente vasodilatador e imbidor da agregação plaquetária. Conseqüentemente, a regulação das enzimas que controlam os níveis destes nucleotídeos e de adenosina na circulação torna-se essencial na modulação dos processos de agregação plaquetária, vasodilatação e fluxo coronariano. Resultados recentes demonstram que as atividades de algumas enzimas podem ser moduladas por variações dos níveis de estrogênio, assim, no presente estudo resolvemos investigar os efeitos da ausência dos hormônios ovarianos (ovariectomia) e da terapia de reposição de estradiol sobre a atividade das enzimas que degradam ATP, ADP e AMP em soro e plaquetas de ratas. A privação hormonal imbiu significativamente a hidrólise de ATP, ADP e AMP em plaquetas; no soro a hidrólise dos três nucleotídeos foi significativamente aumentada, enquanto que a hidrólise do substrato artificial marcador da enzima fosfodiesterase não foi alterada neste tratamento. Contrariamente, a reposição de estradiol diminuiu significativamente a hidrólise dos três nucleotídeos e do substrato artificial no soro em comparação aos respectivos controles; nas plaquetas, o tratamento não reverteu a imbição causada pela ausência hormonal. Além disso, testamos os hormônios 17β-estradiol, sulfato de diidroepiandrosterona e pregnenolona in vitro no soro dos animais para verificar uma possível ação direta destes hormônios sobre as enzimas testadas, porém não foram observadas alterações na hidrólise dos nucleotídeos. Nossos resultados sugerem um forte envolvimento do sistema hormonal com as enzimas que controlam os níveis de nucleotídeos na circulação. Os resultados em plaquetas indicam que a privação hormonal afeta a hidrólise de ATP, ADP e AMP e conseqüentemente os níveis destes nucleotídeos na circulação. Sendo o ADP um potente ativador da agregação plaquetária e a adenosina formada através da sua hidrólise até AMP, um potente imbidor, o resultado encontrado em plaquetas pode contnbuir para uma melhor compreensão das complicações cardiovasculares descritas na menopausa. Por outro lado, o aumento da hidrólise dos nucleotídeos encontrado no soro pode estar representando um mecanismo compensatório para a manutenção dos nucleotídeos extracelulares, na tentativa de controlar os eventos desencadeados pela privação hormonal no sangue total. |