Análise da função de nucleotídeos de adenina in vivo em progenitores retinianos de ratos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2025
Autor(a) principal: Pereira, Luana de Almeida
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://app.uff.br/riuff/handle/1/37608
Resumo: Em vertebrados, a histogênese da retina é guiada por mecanismos intrínsecos e extrínsecos, onde os nucleotídeos de adenina são responsáveis por modular diversos eventos do desenvolvimento do sistema nervoso central. Assim, com base nessas informações, o objetivo deste estudo foi avaliar a função dos nucleotídeos de adenina, durante o desenvolvimento da retina de ratos recém-nascidos in vivo. A injeção intravítrea de ARL 67156, um inibidor de ectonucleotidases, nas concentrações de 100 μM, 200 μM e 400 μM em animais com quatro dias de idade (P4), aumentou em 50% o número de células proliferantes marcadas para Ki-67. Animais P2 expressam o receptor P2Y1 em toda a extensão da retina, tanto em neuroblastos quanto em células não proliferantes. Nessa idade, a injeção intravítrea do antagonista do receptor P2Y1, MRS 2179, nas concentrações de 50 μM e 100 μM, reduziu em 33% o número de células Ki-67 positivas. Além disso, o uso do ADPβ-S induziu o aumento da proliferação, sugerindo que a estimulação do P2Y1 é mediada pelo ADP. Avaliando as populações celulares da retina após o tratamento foi evidenciado que a injeção intravítrea de MRS 2179 não alterou as populações de células amácrinas e de fotorreceptores do tipo bastonetes. Contudo, foi observada uma redução de 30% na população de células horizontais após o tratamento de 20 horas com este fármaco. Neste período nenhum perfil apoptótico nessas retinas foi identificado, sugerindo que o efeito do MRS em reduzir a proliferação e o número de células horizontais ocorria através da indução de morte celular. Em sobrevidas maiores, 48 e 72 horas, não houve nenhuma alteração nas populações de amácrinas e fotorreceptores do tipo bastonete. Concluímos, portanto, que a sinalização purinérgica modula eventos de proliferação e diferenciação da retina durante seu desenvolvimento e alterações in vivo desta sinalização poderão causar disfunções na retina adulta.