Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2011 |
Autor(a) principal: |
Martins, Elisa Justo |
Orientador(a): |
Giugliani, Elsa Regina Justo |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/32855
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Resumo: |
Existem muitos estudos sobre determinantes da interrupção precoce do aleitamento materno (AM), tendo sido identificados fatores socioeconômicos, culturais, demográficos e biológicos. Porém, não há estudos sobre os fatores envolvidos na manutenção do AM por dois anos ou mais, como recomenda a Organização Mundial de Saúde (OMS). Este estudo teve o objetivo de identificar os fatores associados à manutenção do aleitamento materno por dois anos ou mais em crianças nascidas no Hospital de Clínicas de Porto Alegre entre junho e novembro de 2003. Estudo de coorte, parte prospectivo e parte retrospectivo, em que foram acompanhadas 151 crianças, do nascimento até a idade entre 3 e 5 anos de idade. A coleta de dados foi realizada em duas etapas: a primeira, do nascimento aos seis meses de idade da criança, e a segunda, quando a criança tinha entre 3 e 5 anos de idade. Na primeira etapa, foram obtidas informações na maternidade por meio de entrevista com as mães, aos 7 e 30 dias nos domicílios e aos 60, 120 e 180 dias por telefone ou nos domicílios, na impossibilidade de contato telefônico. Para a segunda etapa, as mães foram contatadas por telefone e convidadas para uma entrevista, com foco na prática do aleitamento materno e aspectos relacionados ao desmame de suas crianças. Para testar as associações entre o desfecho (aleitamento materno por dois anos ou mais) e variáveis de interesse, utilizou-se regressão de Poisson seguindo modelo hierárquico. O grau de associação foi estimado por meio de risco relativo (RR) e seus respectivos intervalos de confiança (IC95%). A idade mediana das crianças na época da entrevista foi de 49 meses, com variação entre 40 e 64 meses. Cerca de um terço das crianças (n 49) foi amamentado por dois anos ou mais. A duração mediana do aleitamento materno foi de 11,5 meses, ou 345 dias. Nove crianças (6%) permaneciam sendo amamentadas na época da entrevista. Mostraram-se associados de forma positiva com o desfecho: permanência da mãe em casa com a criança nos primeiros seis meses de vida (RR=2,13; IC95% 1,12-4,05), não uso de chupeta (RR=2,45; IC95% 1,58-3,81), época da introdução de outro leite na dieta da criança (RR=1,001; IC95% 1,001 -1,002 por dia sem sua introdução) e de chás e/ou água (RR=1,005; IC 95% 1,001-1,009 a cada dia de adiamento de sua introdução). Coabitação com o pai da criança mostrou associação negativa com o desfecho (RR=0,61; IC95% 0,37-0,99). De acordo com os resultados deste estudo, para aumentar o número de mulheres que cumprem com a recomendação da OMS de AM por dois anos ou mais seria importante, além de desestimular o uso da chupeta e da introdução precoce de outro leite e de água e/ou chá na dieta da criança, incluir a figura paterna nas intervenções e dar maior atenção para as mulheres que ainda não gozam do direito da licença maternidade de seis meses. |