Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Vaclavik, Márcia Cristiane |
Orientador(a): |
Oltramari, Andréa Poleto |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/219218
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Resumo: |
Após sucessivas transformações ao longo do século XX, o mercado de trabalho atual é diverso e múltiplo, marcado pela flexibilização e desenvolvimento tecnológico digital. Nesse contexto, surgem novos modos de organização econômica e laboral que implicam reconfigurações das relações de trabalho. Argumenta-se que, para dar conta das novas configurações de flexibilidade que se apresentam, é preciso avançar na análise das relações laborais contemporâneas, que não mais se caracterizam apenas como relações de emprego. Sustenta-se a tese de que está em curso um processo de agenciamento do trabalho informal que se apresenta na formação e expansão de mercados laborais digitais através da gig economy. Nesses mercados, grandes empresas multinacionais passam a mediar relações laborais através de plataformas on-line utilizando-se do trabalho informal. Esse fenômeno, denominado "empresariamento da informalidade", reorganiza, amplifica e imprime novos contornos ao trabalho informal e se desdobra em diversas instâncias. O objetivo geral desta tese é compreender, a partir da formação e expansão de mercados laborais digitais característicos da gig economy, os desdobramentos do processo de empresariamento da informalidade e seus reflexos nos mercados de trabalho e carreiras. Com orientação qualitativa, adotou-se a bricolagem como postura de investigação. Utilizou-se como campo de análise a atividade de motorista de aplicativos, investigada nacional e localmente (na cidade de Porto Alegre e região metropolitana). Apresentam-se cinco estudos que exploraram o fenômeno nas instâncias macro, meso e micro. O primeiro artigo objetivou promover a articulação entre os eixos da informalidade e do trabalho na gig economy para, então, avançar no conceito do empresariamento da informalidade. O segundo artigo buscou compreender o processo de formação do mercado de trabalho digital no contexto da atividade de motoristas de aplicativos no Brasil, em que diferentes atores disputam espaços ainda em delimitação. O habitus compartilhado em relação à atividade de motorista colaborou para consolidar o entendimento do trabalho como serviço informal e autônomo. Disputas econômicas, seja entre o público e o privado, seja entre grupos de trabalhadores, marcaram o processo. O terceiro artigo buscou analisar como está se configurando o mercado de trabalho para motoristas de aplicativos nos níveis individual, ocupacional e sócio-histórico. A inter-relação entre essas três instâncias de adequação dos trabalhadores revelou a conexão entre a alta capacidade adaptativa dos trabalhadores e questões mais amplas, marcadas por determinado tempo e contexto histórico. O quarto artigo buscou discutir como as perspectivas de tempo e contexto, além da capacidade de agência individual, podem influenciar as trajetórias de carreira dos trabalhadores em uma atividade característica da gig economy. O empresariamento da informalidade impacta os trabalhadores de modos distintos e revela a importância das questões estruturais do mercado de trabalho brasileiro. O último artigo objetivou investigar como motoristas de aplicativos de transporte estão atribuindo sentido ao seu trabalho. Destacou-se o aspecto instrumental e a lógica financeira atribuídos ao sentido do trabalho. Ao alcançar os objetivos geral e específicos, as contribuições deixadas por esta tese extrapolam as contribuições dos cinco estudos apresentados. Há espaços em aberto que atravessam as fronteiras macro, meso e micro e permitem a continuação da exploração da gig economy e os reflexos de mais uma reconfiguração do mercado de trabalho. Perguntas não respondidas e campos não explorados nesta tese delineiam diversas possibilidades de estudos futuros. |