Imigrações contemporâneas e italianidade : um estudo sobre jogos identitários na região industrializada de Farroupilha/RS

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2008
Autor(a) principal: Kanaan, Beatriz Rodrigues
Orientador(a): Jardim, Denise Fagundes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/14687
Resumo: Este estudo é resultado de uma pesquisa etnográfica sobre as relações e as negociações de valores entre os descendentes de imigrantes italianos e imigrantes recentes. As maneiras como cada um dos grupos vem elaborando uma representação do outro e de si próprio frente ao outro evidenciaram de que forma um conjunto de valores identificados como “italiano” consegue ser partilhado e reinterpretado pelos recém chegados. O estudo demonstra que um contexto aparentemente estruturado em “italianos” e “brasileiros” comporta também poros de permeabilidade. Aqui as fronteiras simbólicas entre os grupos mostraram-se bem mais fluídas e negociáveis. O universo de pesquisa desta dissertação centra-se nos moradores do bairro operário Primeiro de Maio, na cidade de Farroupilha. Estes sujeitos constituem a nova leva de imigrantes, desta vez, não exclusivamente de origem italiana, que a partir dos anos 70, vieram atender a necessidade de mão-de-obra resultante do crescimento industrial da região. Este estudo se insere nos debates sobre a imigração e a experiência de alteridade ao focalizar as relações entre os indivíduos da nova imigração com a italianidade. Compreendo italianidade como referências simbólicas que acionam repertórios que permitem explicitar novos jogos identitários e disputas simbólicas travados entre distintos protagonistas que referem a qualidades morais que versam sobre o “bom” trabalhador, o “bom” operário e a identidade de origem.