Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Silva, Gabriela Thomaz da |
Orientador(a): |
Moreira, Gilson Rudinei Pires |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/193636
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Resumo: |
O continente Sul Americano apresenta uma grande diversidade biológica, que pode ser explicada pelos resultados das interações entre plantas e animais, e de eventos climáticos e geológicos passados. Diferentes hipóteses sugerem como a biodiversidade da América do Sul pode ter evoluído; 1) através de um longo período de isolamento que, forneceu estabilidade e condições climáticas e biológicas; 2) com o soerguimento do Andes, por meio da vicariância geográfica e isolamento genético, aumentando a heterogeneidade e complexidade de habitats; e 3) pelas transgressões marinhas, que modificaram a paisagem, flora e fauna do continente. Por apresentar uma alta heterogeneidade de ecossistemas, a região Neotropical conta uma das maiores riquezas de insetos galhadores do mundo. Dentre esses, Lepidoptera, a segunda maior ordem de Insecta, conta com diversas famílias que são reconhecidas como indutoras de galhas e que, no entanto, não são devidamente exploradas/descritas. Cecidosidae são microlepidópteros indutores de galhas pouco conhecidos que apresentam uma estreita associação com plantas hospedeiras de Anacardiaceae. Na América do Sul, apenas quatro gêneros representam a família: Cecidoses, Eucecidoses, Oliera e Dicranoses (Davis 1998, Moreira 2012), sendo os três primeiros monotípicos. Neste contexto, o presente estudo explora a história evolutiva de Eucecidoses na região Neotropical, através de uma abordagem filogeográfica a partir de sua distribuição geográfica, associação com a planta hospedeira, e estrutura genética de populações deste táxon; e também descreve dois novos gêneros e espécies de Cecidosidae encontrados para o sul do Brasil e região central do Chile; os dados relacionados à história de vida, plantas hospedeiras e distribuição das novas espécies são fornecidos, assim como as relações filogenéticas destas novas espécies com as já descritas na literatura. Os resultados mostraram que o padrão de distribuição encontrado para Eucecidoses minutanus Brèthes (1916), não está relacionado diretamente com a distribuição de sua planta hospedeira, mas por eventos de dispersão e vicariância, que coincide com o arco orogênico Peripampásico. As análises revelaram seis linhagens distintas, geneticamente estruturadas e isoladas por distância em diferentes regiões biogeográficas. Um novo gênero e espécie de Cecidosidae, Cecidonius pampeanus Moreira e Gonçalves (2017), é descrito para o bioma Pampa no sul do Brasil; a galha induzida por esta espécie é severamente atacada por parasitoides e inquilinos, estes últimos modificando-a e tornando-a vistosa. Devido a isso, a espécie indutora permaneceu desconhecida por VIII muito tempo, sendo erroneamente atribuida a um hymenoptero, de fato um inquilino desta. C. pampeanus foi reconhecida através de filogenia molecular como uma linhagem nova e relacionada aos cecidosídeos Neotropicais. O novo gênero e espécie descrita para o Chile, Andescecidium parrai Moreira e Vargas (2018), aparentado com Cecidonius, passou por uma história de negligência semelhante à de C. pampeanus, sua galha foi por muito tempo estabelecida como induzida por um coleóptero, supostamente um cleptoparasita da galha do real indutor. Além de A. parrai, uma nova espécie adicional, Oliera saizi Moreira e Vargas (2018), é também descrita. |