Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Luz, Fernando Albuquerque |
Orientador(a): |
Mendonça Junior, Milton de Souza |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Palavras-chave em Inglês: |
|
Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/203939
|
Resumo: |
As galhas são estruturas vegetais formadas em resposta a ação do inseto herbívoro, quando do ataque à planta. Desta forma, para um inimigo natural como uma vespa parasitoide, atacar um inseto galhador requer perfurar este tecido vegetal para alcançar o recurso. As galhas variam em sua forma e também no tempo e no espaço e as implicações disso para as interações com outros organismos foi o foco desta Tese. No Capítulo 1, buscou-se esclarecer conceitos relativos à guilda de organismos associados a galhas, sendo o foco nos cecidófagos, inquilinos e cleptoparasitas. Estabelecemos formas e critérios para distinguir uma guilda da outra, pois atualmente estes termos são confusos na literatura específica. No Capítulo 2 foram amostradas galhas e parasitoides em duas regiões de Floresta Estacional Semidecidual com a finalidade de entender padrões (aninhamento e modularidade) nestas interações através de uma abordagem de redes tróficas e suas métricas. A modularidade das interações, assim como a alta especialização e baixa conectividade das redes, apesar da grande variação de especificidade dos parasitoides encontrados seguiu as características esperadas para redes de interações antagonistas. No Capítulo 3 utilizamos os seis galhadores presentes em apenas uma planta hospedeira, Guapira opposita, para anular os efeitos de espaço e planta hospedeira, tentando entender quais processos ecológicos estariam influenciando as interações, e concluímos que a forma da galha é o principal processo que molda as interações parasitoide/galhador neste sistema. Isto está de acordo com trabalhos sobre a morfologia da galha e sua importância para a defesa contra inimigos naturais, como considerado na “enemy hypothesis” para a natureza adaptativa das galhas. E por fim, no Capítulo 4, no mesmo sistema de G. opposita estudamos um único parasitoide, Galeopsomyia sp. e a variação intraespecífica do tamanho de seu ovipositor no ataque às galhas, e vimos que galhas mais espessas estavam relacionadas a eclosão de indivíduos de maior ovipositor, enquanto que em galhas menos espessas, encontramos variação no tamanho dos ovipositores. Logo, galhas mais espessas acabam limitando certos indivíduos da população, aqueles com menores ovipositores. Por fim, concluímos que por este tipo de interação ainda ser pouco estudado, continuamos com os problemas taxonômicos de ambos os grupos, e questões simples de história natural. Apesar de a literatura internacional mostrar o que temos de melhor em termos de análises e simuladores sofisticados, perguntas simples e importantes ficam esquecidas e a presente Tese tentou resgatar e fazer ressurgir algumas delas. |