Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Druck, Carolina Milner |
Orientador(a): |
Piccinini, Cesar Augusto |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/218099
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Resumo: |
O presente estudo teve por objetivo investigar a experiência da paternidade no contexto da separação conjugal, em particular as representações e sentimentos de pais de crianças préescolares sobre a paternidade. Participaram do estudo três pais primíparos, com idades entre 33 e 40 anos, com ensino superior completo, com filhos únicos (dois meninos e uma menina), com idades entre 3 e 6 anos. Todos os pais estavam há, pelo menos, um ano e meio separados das mães de seus filhos. Antes da separação, os filhos residiram com seus pais por, pelo menos, 1 ano. Foi utilizado um delineamento de estudo de caso múltiplo, de caráter transversal. Os pais responderam à entrevistas estruturadas realizadas de forma semidirigida. Os relatos dos participantes foram apresentados em forma de relato clínico, com base na teoria psicanalítica, utilizando-se eixos teóricos interpretativos. Os resultados revelaram que, mesmo apresentando distância emocional com os filhos antes da separação conjugal, tendo relações conflituosas e dificuldades no contato com as ex-esposas após a separação, os pais conseguiram estabelecer uma boa relação com os filhos, apesar de ainda apresentarem sentimento de frustração e descontentamento com alguns aspectos da paternidade. Os fatores que dificultaram a experiência envolveram a desorganização psíquica dos pais, com sua libido mais ligada a seus objetos internos e ao vínculo com a família de origem, do que à construção de um narcisismo parental. A dificuldade de diferenciação entre os conflitos conjugais e a parentalidade, a desvalorização social dos pais como cuidadores, o tempo reduzido das visitas e as representações negativas sobre suas ex-esposas como mães, também foram aspectos dificultadores da experiência paterna. Os fatores que facilitaram a experiência dos pais envolveram o seu afastamento dos conflitos conjugais e a entrada dos filhos na fase pré-escolar e edípica, em que as trocas afetivas e as novas formas de interação permitiram que eles se tornassem referências de cuidado para os filhos, assim como as mães. Além disso, a aproximação com seus genitores e a ressignificação das relações estabelecidas na infância, assim como a busca dos pais por novas referências sobre a paternidade, através do grupo de amigos, do atendimento psicoterápico e das redes sociais também facilitaram a experiência dos pais participantes e a construção de novas representações sobre a paternidade. Os resultados trazem contribuições importantes para os profissionais que atendem pais vivenciando a separação conjugal com filhos pequenos e para a construção de intervenções voltadas à estes pais. |