Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Bortotto Junior, Ataliba |
Orientador(a): |
Enumo, Sônia Regina Fiorim |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
PUC-Campinas
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
http://repositorio.sis.puc-campinas.edu.br/xmlui/handle/123456789/14906
|
Resumo: |
O envolvimento paterno na criação e educação dos filhos tem impacto no desenvolvimento de rotinas e comportamentos saudáveis da criança, sendo um fator de proteção do desenvolvimento infantil contra problemas de comportamento, como a agressividade, além de promover competências sociais e cognitivas, a segurança, a autoestima, a independência e a estabilidade emocional. O envolvimento ou engajamento paterno é definido como a participação e a preocupação contínua do pai biológico ou substituto como o desenvolvimento e bem-estar físico e psicológico de seus filhos. São poucos os estudos no país que avaliam o envolvimento paterno por meio de instrumentos quantitativos, destacando-se o Questionnaire d’Engagement Paternel/Questionário de Envolvimento Paterno (QEP), adaptado para a população brasileira. Este estudo teve por objetivo analisar o envolvimento paterno em pais com filhos entre 4 e 6 anos de idade. Trata-se de uma pesquisa com delineamento transversal, correlacional, com uma amostra de conveniência. A coleta de dados foi realizada em cinco pré-escolas municipais de duas cidades do interior do Estado de São Paulo. Participaram 90 pais (figura masculina), com idade entre 18 e 72 anos (M = 36,8 anos; DP = 9,1), casados (76,7%); católicos (51,1%), com Ensino Médio (55,6%), empregados (86,7%) e com nível socioeconômico classificado baixo (55,6%). Os pais responderam, individualmente, a Ficha de Caracterização do Participante da Pesquisa, com o Critério de Classificação Socioeconômica Brasil, dados pessoais e familiares, e o QEP. Esta é uma escala de seis pontos, ponderados para cinco pontos, com 36 itens, que avalia os cuidados paternos diretos e indiretos de seus filhos, classificando os resultados em cinco dimensões – Cuidados Diretos e Indiretos, Suporte Emocional, Evocações, Disciplina, Jogos Físicos e Abertura ao Mundo. Foram feitas análises estatísticas descritivas e inferenciais (p < 0,05). A amostra apresentou maiores médias em Suporte Emocional (M = 3,94; DP = 0,90) e Evocações (M = 3,84; DP = 0,96), indicando um envolvimento paterno pouco frequente (duas a três vezes por mês), e menor média em Cuidados Diretos e Indiretos (M = 3,27; DP = 0,93), diferentemente de outros estudos. Houve diferenças significativas no domínio Jogos Físicos e Abertura ao Mundo para filho único e do sexo masculino, confirmando outros estudos. O Suporte Emocional e Evocações foram significativamente maiores para filhos mais novos. Não houve correlações entre o envolvimento paterno e a idade do pai, seu estado civil (casado ou solteiro), religião, estar ou não empregado. Observou-se correlação forte entre Suporte Emocional e Evocações, indicando que apoiar o filho diante de dificuldades associa-se a lembrar da criança quando não está presente. A aplicação do QEP em uma amostra de pais de duas cidades de São Paulo contribui para o conhecimento sobre o envolvimento paterno na população brasileira. |