Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Laranja, Daniela Comparsi |
Orientador(a): |
Tondo, Eduardo Cesar |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/232665
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Resumo: |
O agronegócio é fundamental para a economia brasileira, sendo que o país é atualmente o maior exportador de carne de frango no mundo. Ainda que o controle sanitário realizado pelas indústrias seja rigoroso, carcaças de frango podem conter Salmonella, causando expressivas perdas econômicas e possíveis problemas de saúde pública. O objetivo do presente estudo foi avaliar a descontaminação de carcaças de frango por ácido peracético (PAA) isolado ou em combinação com outros antimicrobianos. Na primeira etapa do estudo, foi realizada uma revisão sobre os principais sanitizantes utilizados para descontaminação de carcaças de frango, a qual destacou a importância do PAA. Logo em seguida, a inativação de Salmonella pelo PAA a 0,07% e 0,14% foi avaliada in vitro. O mesmo produto também foi avaliado in vitro em combinação com ácido lático (3% LA), ácido cítrico (3% CA), ácido fosfórico (1% PA), bissulfato de sódio (2% SBS) e com tratamento físico de ultrassom (US). Posteriormente, analisou-se a descontaminação por imersão de peles de frango inoculadas com um coquetel de diferentes sorovares Salmonella. As amostras foram tratadas com 0,07% e 0,14% de PAA isolado ou em combinação com 3% LA, 3% CA e 2% SBS, durante 15 segundos, 5 e 30 minutos. As peles tratadas com 0,07% e 0,14% de PAA + 2% SBS foram tratadas com US durante 5 e 30 minutos. Os resultados indicaram efeito combinado entre o PAA e LA, CA, PA e SBS. As concentrações para inibir o coquetel foram mais altas ou iguais aquelas testadas nas cepas individuais, sugerindo que o coquetel foi mais resistente aos sanitizantes. O PAA reduziu ~ 2 e 2,59 log UFC/g (p<0,05) de Salmonella nas peles submersas por 15 segundos, enquanto que nos tempos de 5 e 30 minutos a redução foi menor. O PAA a 0,14% + SBS 2% apresentou a maior redução (2,8 log UFC/g) nos três tempos. O US não aumentou o efeito antimicrobiano (p >0,05). O tratamento com PAA a 0,14% alterou a cor das peles. Em seguida, analisou-se a redução de Salmonella e microrganismos indicadores de higiene por PAA a 0,02%, concentração utilizada em tanques resfriadores de carcaças de frango. As amostras tratadas por imersão apresentaram reduções de 0,84, 0,98, 0,93 e 0,72 log UFC/mL de Salmonella, mesófilos aeróbios, Enterobacteriaceae e E. coli, respectivamente. As carcaças tratadas por aspersão tiveram reduções menores. Finalmente, avaliou-se o PAA a 0,07% na redução da contaminação cruzada entre carcaças. Os resultados demonstraram que a imersão reduziu ∼2,0 log UFC/mL de mesófilos e Salmonella; e ∼1,5 log UFC/mL de Enterobacteriaceae e E. coli nas carcaças e controlou a contaminação cruzada na água. O PAA em conjunto com Boas Práticas de Fabricação, pode contribuir para a redução de Salmonella e microrganismos indicadores em carcaças de frango e na água de lavagem. |