Presença de alterações em artérias e arteríolas e de maformação de placa ductal nos espaços-porta de pacientes com atresia biliar

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2002
Autor(a) principal: Santos, Jorge Luiz dos
Orientador(a): Silva, Vinícius Duval da
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/197827
Resumo: A atresia biliar apresenta etiopatogenia complexa. Casos com e sem anomalias congênitas extra-hepáticas associadas podem representar distintos grupos etiopatogênicos. Entre as anomalias histopatológicas envolvidas com a doença têm sido descritas malformação de placa ductal e alterações nos ramos da artéria hepática. No presente estudo foram avaliadas essas anormalidades em 47 casos de atresia biliar por ocasião da portoenterostomia e em controles com colestase intra-hepática (n = 3), além de fetos (n = 7) e lactentes sem hepatopatia (n = 7). Avaliou-se a progressão das alterações nos ramos arteriais em casos de atresia biliar transplantados (n = 7) desde a portoenterostomia até o transplante hepático e compararam-se os dados obtidos por ocasião do último procedimento com os de pacientes transplantados por outras hepatopatias (n = 4). Malformação de placa ductal foi detectada em 55% dos casos de atresia biliar, não se observando relação entre sua ocorrência e a presença de anomalias congênitas extra-hepáticas. Em relação aos vasos foram avaliados 1.274 ramos arteriais, sendo 1.108 arteríolas e 166 artérias. Em 28% dos casos de atresia biliar, por ocasião da portoenterostomia, além de proliferação arteriolar, detectaram-se, através de método morfométrico, artérias com paredes musculares mais espessas que as dos lactentes sem hepatopatia. No intervalo entre a portoenterostomia e o transplante hepático, o espessamento da túnica média arterial progrediu, passando a ocorrer também em arteríolas. Essa alteração não foi encontrada em transplantados por outras hepatopatias. Tal espessamento progressivo da túnica média assemelha-se ao modelo de remodelagem vascular. As características da túnica média arterial dos casos de atresia biliar por ocasião da portoenterostomia foram independentes da densidade de colágeno, da presença de malformação de placa ductal e da ocorrência de anomalias congênitas extra-hepáticas associadas, e pareceram influenciar a distribuição dos duetos biliares maduros em espaços-porta.