Arteriopatia na atresia biliar : papel dos fatores induzidos por hipóxia e sua relação com prognóstico pós-portoenterostomia

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Fratta, Leila Xavier Sinigaglia
Orientador(a): Santos, Jorge Luiz dos
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/116798
Resumo: Introdução: A atresia biliar (AB) inclui obstrução completas das vias biliares extra-hepáticas e uma colangiopatia intra-hepática progressiva, cirrogênica. A natureza da colangiopatia destes processos permanece obscura. Uma arteriopatia levando a colangiopatia isquêmica explicaria a natureza progressiva da lesão biliar. A imunolocalização do fator de crescimento endotelial vascular A (VEGFA) em ramos arteriais e ductos biliares intra-hepáticos e do porta hepatis dos pacientes com AB sugere isquemia nestas estruturas. A ocorrência de hipóxia hepatobiliar na AB necessita ser esclarecida. Objetivo: Determinar a presença de hipóxia nos fígados de pacientes com AB, analisando a expressão gênica dos fatores induzidos por hipóxia (HIF) -1α e -2α. Métodos: Estudo de amostras de biópsias em cunha coletadas na laparotomia exploradora de pacientes com AB isolada sem IgM+ para citomegalovírus (n= 32) comparando com lactentes com colestase intra-hepática (CIH, n= 09), pareados por idade. Uma amostra foi ultracongelada (análise molecular) e outra, parafinizada (análises histológica e imunoistoquímica). Por PCRq, usando sondas TaqMan®, avaliaram-se as expressões gênicas de: HIF1-α, HIF2-α, proteína quimiotática de monócitos 1 (MCP1) (marcador de fibrose biliar), citoqueratina 19 (CK19) (marcador de colangiócitos). O gene normalizador foi 18S ribossômico. Por morfometria, foram quantificadas as extensões de fibrose e reação ductular. Dados clínico-laboratoriais foram prospectivamente coletados. Resultados: O grupo AB, comparado à CIH, apresentou maior expressão de HIF1-α e HIF2-α. No grupo AB, a expressão do HIF1-α correlacionou-se positivamente com a bilirrubina total (BT) sérica. Dois subgrupos de AB foram detectados quanto à expressão dos HIFs: alta (hiHIF, expressão 3x maior que a mediana da CIH) e baixa (loHIF). Pacientes hiHIF-1α eram mais velhos e com maiores níveis de BT e bilirrubina direta (BD) que loHIF-1α. O subgrupo hiHIF-2α apresentou expressão de CK19 inferior a do loHIF-2α. As demais variáveis foram semelhantes nos subgrupos HIFs. Conclusão: Na AB ocorre hipóxia tecidual hepática. Os dados sugerem a existência de hipóxia tecidual progressiva nos fígados afetados pela AB, associada ao desaparecimento de ductos biliares e à piora do quadro obstrutivo biliar.