Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Bedrosian, Diego Aram Meghdessian |
Orientador(a): |
Torossian, Sandra Djambolakdjian |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Palavras-chave em Espanhol: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/271981
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Resumo: |
A presente dissertação de mestrado buscou analisar e discutir e os efeitos psíquicos decorrentes do genocídio armênio, realizado no ano de 1915 por parte dos turcos-otomanos. Para tanto, buscou-se analisar restos testemunhais e narrativas de sobreviventes do genocídio, bem como dos seus descendentes. Por meio do aporte psicanalítico, encontrou-se respaldo nas noções de negacionismo, trauma, desmentido e testemunho, as quais permitiram ampliar o debate sobre tal questão no campo da psicanálise. O trabalho teve como objetivo promover discussões acerca do genocídio armênio, pautado numa ética do testemunho como via de resistência frente as consequências nefastas do silenciamento, do não reconhecimento e do descrédito associados ao tema. Identificou-se, assim, que a modalidade do testemunho pode produzir meios de simbolização e de contorno do excesso produzido pela catástrofe, circunscrevendo o real com palavras e possibilitando a perlaboração de um legado traumático. Reconhece-se a importância do testemunho como fundamento para a reconstrução da História e das histórias silenciadas por meio do negacionismo. Enquanto um processo de pesquisa mediado pela transferência e pela ética psicanalítica, buscou-se discutir o genocídio como a violência mais radical, aquela que busca exterminar a categoria de pertencimento a humanidade. Desta forma, este estudo teve como intuito contribuir com o desenvolvimento de uma leitura psicanalítica do laço social e sua face de crueldade, ressaltando que o enfrentamento da violência perpassa por abordar os traumas da História, o que mostra-se possível por meio dos testemunhos. |