Comportamento mecânico de um solo argiloso estabilizado com pó de vidro, cal de carbureto e hidróxido de sódio

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Dornelles, Lucas Eduardo
Orientador(a): Consoli, Nilo Cesar
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/216989
Resumo: Em muitas regiões, a presença de solos expansivos, solos colapsíveis ou solos com baixa capacidade de suporte resultam em condições geotécnicas desfavoráveis para a implantação de uma obra de engenharia. Nestes casos, algumas técnicas de estabilização podem ser aplicadas para evitar mudanças radicais nas características do projeto, contornando as condições desfavoráveis. As técnicas de estabilização química mais difundidas são baseadas na utilização de cimento Portland. Entretanto, a produção de cimento pode implicar em elevados custos, emissões de gases, alta demanda energética e consumo de recursos naturais. Neste panorama, a utilização de materiais alternativos surge como possibilidade de um desenvolvimento mais sustentável em obras geotécnicas. Um dos setores com grande potencial de aplicação é o dos resíduos originados a partir de processos industriais e/ou domésticos, como o pó de vidro e a cal de carbureto. Desta forma, este trabalho tem o objetivo de avaliar o comportamento mecânico de um solo residual argiloso com adição de diferentes teores de pó de vidro moído e cal de carbureto, estudado em misturas com diferentes pesos específicos aparentes secos. Além disso, avaliou-se a inclusão do ativador alcalino hidróxido de sódio e a estabilização do material somente com adição de cal de carbureto. A estabilização foi avaliada através da moldagem de corpos de prova e posterior realização dos ensaios de resistência à tração por compressão diametral, resistência à compressão simples e ensaios de rigidez inicial. Optou-se por avaliar os tempos de cura dos corpos de prova de sete e 28 dias e avaliar duas temperaturas distintas de cura (23°C e 40°C), de modo a analisar o efeito da cura acelerada no comportamento mecânico das amostras em um curto prazo. Os resultados obtidos nesta pesquisa confirmam que o solo estudado pode ser estabilizado com adição de materiais alternativos como o pó de vidro e a cal de carbureto, com a obtenção de melhores resistências e rigidezes. Além disso, a elevação da temperatura de cura das amostras permitiu uma melhora considerável no comportamento mecânico das amostras. Por outro lado, a adição de NaOH não propiciou um melhor comportamento às misturas conforme esperado.