Interação entre células mesenquimais adipoderivadas e scaffold de poli (ácido lático-co-glicólico) e poli (isopreno) epox confeccionado a partir de centrifugal spinning : estudo in vitro

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Degregori, Emanuelle Bortolotto
Orientador(a): Contesini, Emerson Antônio
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
MTT
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/211268
Resumo: A engenharia de tecidos compreende o uso de células tronco mesenquimais associadas com biomateriais, tendo como finalidade o reparo, regeneração e restauração de tecidos lesados. O objetivo desse trabalho foi avaliar a interação entre células mesenquimais adipoderivadas de humanos com scaffold de PLGA/PI epox, confeccionado através da técnica de centrifugal spinning. Preconizou-se, a partir de testes in vitro, o estabelecimento da melhor densidade de plaqueamento entre 0,325x105 [0,325x10 elevado a 5], 0,65x105 [0,65x10 elevado a 5] e 1,3x105 [1,3x10 elevado a 5] e melhor tempo de cultivo entre 24, 48 ou 72 horas. A partir das características fibroblastóides, aderência a garrafas plásticas de cultivo celular, diferenciação em linhagens adipogênicas e osteogênicas e imunofenotipagem positiva para CD90 e CD105 e negativa para CD34 e CD45, as células utilizadas neste estudo foram consideradas tronco mesenquimais. A integração das células à matriz fibrosa foi observada por meio de microscopia eletrônica de varredura, onde foi possível evidenciar a emissão de pseudópodes celulares. As fibras confeccionadas pela técnica de centrifugal spinning apresentaram-se fibrosas e porosas, com diâmetro médio de 3,61±2,81μm, tendo uma maior representatividade de fibras com 1μm (n=113). A atividade metabólica das células cultivadas junto ao biomaterial foi similar aos seus respectivos controles (células aderidas no fundo da placa, padrão ouro) (p>0,05). A exceção evidenciada entre os grupos testes e controle, perante ao teste de MTT, foi notória no cultivo de 1,3x105 [1,3x10 elevado a 5] em 72 horas, onde as células cultivadas junto ao scaffold mostraram-se metabolicamente mais ativas que o controle (2,87±0,30; 2,18±0,15, p>0,05), demonstrando a não interferência do biomaterial na viabilidade celular. A menor absorbância foi no grupo de 0,325x105 [0,325x10 elevado a 5] ADSCs (0,69±0,19; 1,27±0,46; 1,25±0,43, diferindo em todos os tempos de avaliação em relação ao grupo de 1,3x105 [1,3x10 elevado a 5] células (1,96±0,53; 2,45±0,26; 2,87±0,30, p<0,05), porém foi homogênea ao plaqueamento de 0,65x105 [0,65x10 elevado a 5] (1,02±0,24; 2,07±0,71; 1,77±0,56, p>0,05). Esse último, apresentou menor absorbância quando contrastado ao grupo de maior densidade nas avaliações de 24 e 72 horas (p<0,05). Perante a coloração do citoesqueleto celular, não foram demonstradas alterações quando as células foram cultivadas junto as matrizes fibrosas, independente do tempo de incubação e densidade. A contagem celular foi realizada por meio da coloração nuclear com DAPI, onde a maior média obtida por campo foi no plaqueamento de 1,3x105 [1,3x10 elevado a 5] células, durante 24 horas (529±81,70). Porém, há uma tendência ao descolamento celular com o passar das horas, podendo se justificar pelas forças moleculares atuantes entre o scaffold e as células e por ter um número alto de células aderidas incialmente. Porém, as células retornam a proliferar em 72 horas de avaliações. Fundamentado nos achados descritos acima, constatamos que o plaqueamento de 1,3x105 [1,3x10 elevado a 5] por 24 horas foi o mais eficaz. Ademais, o uso do biomaterial junto ao cultivo durante três dias de avaliações, não interferiu na viabilidade e morfologia das células. Segundo esses resultados, associação entre PLGA/PI epox e células mesenquimais adipoderivadas podem ser consideradas para futuros estudos in vivo na engenharia de tecidos.