A Cidade Jardim e seus espelhos : paisagens e suas geografias

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2010
Autor(a) principal: Pires, Claudia Luisa Zeferino
Orientador(a): Suertegaray, Dirce Maria Antunes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/25556
Resumo: O estudo desta tese, objetiva analisar a dinâmica espacial através da paisagem como perspectiva teórico-metodológica segundo dimensões objetivas (materialização de formas) e subjetivas (relação do sujeito com o mundo). Para tanto, o foco dessa análise é a Cidade Jardim - Macrozona de Planejamento do Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano e Ambiental de Porto Alegre. A escolha da Cidade Jardim tem como referência o significado da paisagem, cuja apropriação conceitual perpassa pelas ações simbólicas e concretas a partir de uma ideologia estética e de uma estratégia de organização espacial da zona sul de Porto Alegre. A análise da configuração territorial do espaço da Cidade Jardim dá-se a partir de diferentes leituras do espaço onde a paisagem, como um texto, estrutura-se em sistema de signos na qual outros sistemas (político, econômico, social, cultural) são transmitidos, reproduzidos, experimentados e explorados. A estrutura desta tese compreende a seguinte metodologia de análise: 1a) análise do discurso do outsider que corresponde ao tratamento objetivado da paisagem a partir de sua trajetória conceitual na ciência geográfica, onde, a partir do distanciamento, verificam-se as paisagens produzidas e como elas se apresentam de forma inevitável para aqueles que habitam nela; 2a) análise do discurso do insider que examinou os relatos dos moradores e frequentadores locais sobre a natureza da paisagem, como ela lhes parece, que importância eles atribuem à paisagem e de que maneira suas leituras podem contribuir para a política de gestão territorial; 3a) o cruzamento das leituras do outsider e do insider, numa perspectiva dialógica, que auxiliou na desfamiliarização da relação entre paisagens, ideologias e práticas políticas ou sociais. Nessa perspectiva, observou-se o quanto o caminho investigativo da ciência geográfica pode contribuir para o pensamento complexo da gestão da cidade e na implementação de políticas públicas mais solidárias, tendo em vista que além do tratamento descritivo, quantitativo e dialético, as análises interpretativas, a partir das narrativas dos sujeitos e espaços sociais, constroem os significados simbólicos de suas paisagens, indicando a forma como percebem (-se) (n)o mundo.