Formação do psicanalista em Lacan : estar à altura da função sujeito

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Lopes, Fernando Franco
Orientador(a): Kessler, Carlos Henrique
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/264948
Resumo: Dentro do tópico maior sobre a formação em psicanálise, nossa pesquisa buscou compreender a perspectiva apontada por Jacques Lacan de que o objetivo de seu ensino seria produzir analistas à altura da função chamada sujeito. Certos de que havia aí uma concepção interessante, e ainda pouco explorada, sobre a formação do analista, decidimos elevá-la ao estatuto de “um projeto lacaniano de formação de psicanalistas” que, apesar de não defendermos ser o único, levaria consigo seus efeitos se bem compreendido. A partir daí, dividimos nosso trabalho em duas grandes partes: a) na primeira procuramos apresentar o que viria a ser essa função sujeito, para isso decidimos nos guiar temporalmente pelo que o autor apresentava, naquele momento, a saber, entre 1966 e 1968, de articulações sobre o sujeito. Tal perspectiva nos levou a adentrar o campo da lógica matemática, em especial na teoria de Gottlob Frege, em busca de uma formalização lógica daquela função; b) na segunda parte, nos dedicamos a esboçar o que seria, portanto, estar à altura da função que havíamos delineado. Como suporte teórico, os seminários 14 e 15, principalmente no que diziam respeito ao uso feito por Lacan da estrutura matemática chamada Grupo de Klein, nos permitiram chegar ao que seria uma interpretação semântica consistente de tal projeto, articulando o fim da análise, concebido como a redução do sujeito suposto saber ao objeto a, ao passe, entendido como o retomar tal lugar de sujeito suposto saber, advertido de sua ferida no ser. Por fim, concluímos com breves apontamentos sobre a expectativa que encontramos no autor francês de que seu ensino, a partir da posição que ele (Lacan) próprio ali ocupava, fosse capaz de produzir essa operação, permitindo, àqueles que o ouviam, uma nova relação com o saber.