Desfecho funcional em pacientes submetidos à monitorização da pressão intracraniana no pós-operatório de hemicraniectomia descompressiva primária : coorte retrospectiva

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Basso, Luciano Silveira
Orientador(a): Bianchin, Marino Muxfeldt
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/229355
Resumo: Objetivo: As craniectomias descompressivas (CD) são procedimentos que salvam vidas e reduzem rapidamente a hipertensão intracraniana (HIC). A HIC está associada a vários efeitos prejudiciais e se correlaciona fortemente com desfechos desfavoráveis. A HIC devido a um dano cerebral agudo em um hemisfério é melhor tratada com hemicraniectomia descompressiva (HD). O monitoramento da pressão intracraniana (PIC) é recomendado para reduzir a mortalidade hospitalar e melhorar desfecho a curto prazo em pacientes com HIC aguda. O objetivo deste estudo foi comparar os desfechos funcionais em pacientes com e sem monitoramento da PIC no pós-operatório de HD primária. Métodos: Dados sobre as características clínicas foram coletados retrospectivamente em 107 pacientes submetidos à HD primária por traumatismo cranioencefálico (TCE) ou doença cerebrovascular (DCV) entre janeiro de 2015 e dezembro de 2018 em um hospital terciário no sul do Brasil. Os pacientes foram alocados em 2 grupos com base em se a PIC pós-operatória foi monitorada (n = 32) ou não (n = 75). O resultado favorável foi definido como escore Glasgow Outcome Scale (GOS) 4-5 e escala modificada de Rankin 0-3. encontrada. Comparando resultados favoráveis entre os grupos PIC e sem PIC, respectivamente, na alta (GOS: 25% vs 22,6%; p = 0,991; mRankin: 21,9% vs 17,3%; p = 0,779) e aos 6 meses (GOS: 31,25% vs 26,7% p = 0,804; mRankin: 31,3% vs 25,3%; p = 0,694) nenhuma diferença estatística foi reconhecida. A análise multivariada revelou que hipotensão na admissão (p = 0,007), idade >45 anos (p = 0,008), alteração pupilar (p = 0,000) e ECG <8 na admissão (p = 0,035) foram fatores independentes de mortalidade. As curvas de sobrevida de Kaplan-Meier não demonstraram diferença significativa entre os grupos na mortalidade ao final dos 6 meses de acompanhamento (teste de log rank: p = 0,888). Conclusões: O monitoramento da PIC no período pós-operatório de HD primária não melhorou a evolução dos pacientes com TCE e DCV em nossa amostra em um país em desenvolvimento.