Planificação : uma análise do desenvolvimento produtivo material da união soviética (1917-1937)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Strauss, Daniel
Orientador(a): Herrlein Junior, Ronaldo
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/196441
Resumo: Os processos que floresceram na Rússia, a partir da revolução em 1917, potencializaram o surgimento de novos paradigmas na literatura econômica mundial. A União Soviética, que era qualificada como aventureirismo bolchevique, mostrou um destacado processo de desenvolvimento material produtivo, principalmente no que tange à industrialização, que a evidenciou-a como um dos países de maior crescimento econômico do século XX. Esse processo não esteve marcado apenas por mudanças quantitativas no crescimento, mas por uma verdadeira transformação qualitativa. O presente trabalho tem como objetivo discutir as causas que levaram a União Soviética a estabelecer um sólido modelo de crescimento e os resultados dos projetos econômicos aplicados pelos bolcheviques durante o período de 1917, quando a revolução levou o Partido Bolchevique ao poder, até 1937, no final da execução do Segundo Plano Quinquenal. Para tanto, utilizou-se revisão bibliográfica histórica e teórica, comparando os resultados econômicos da URSS com a Rússia antes de 1917 e com outros países com características semelhantes. O resultado sugeriu que o Estado soviético passou por crise e reformulação durante as estratégias político-econômicas do Comunismo de Guerra (1917-1921) e da Nova Política Econômica (1921-1928), quando, apesar do objetivo ser a planificação econômica, a prioridade foi manter o governo dos bolcheviques e não sucumbir à contrarrevolução. Depois desse período seguiu-se o projeto de planificação econômica com foco na industrialização, principalmente na produção de maquinaria e bens de produção, e na coletivização da agricultura. Esse período, entre 1928 e 1937, foi marcado, contraditoriamente, por um crescimento econômico robusto, mas pela constituição de um regime sem democracia produtiva para os operários, em um Estado policial que perseguiu a oposição política e condenou milhões de camponeses à fome.