Práticas de escrita e tecnologias digitais na educação de jovens e adultos: novelas e-paralelas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2006
Autor(a) principal: Alves, Evandro
Orientador(a): Axt, Margarete
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/12183
Resumo: O presente trabalho objetiva registrar práticas de escrita num agenciamento específico no encontro entre coletivos da Educação de Jovens e Adultos (EJA) e tecnologias digitais, numa instância educacional, voltada para o ensino fundamental. Estabeleceuse, entre 2003-2004, uma convivência institucional no CMET Paulo Freire, ligado à Prefeitura Municipal de Porto Alegre. A Tese tem por referenciais teóricometodológicos as obras de Gilles Deleuze e as desse em parceria com Felix Guattari. As questões de pesquisa que nortearam esse trabalho consistem na problematização dessas práticas de escrita no encontro com as tecnologias digitais e de como se configurariam, nessas, modos de subjetivação. Optou-se por realizar uma cartografia, operacionalizada por um inventário de práticas de escrita. O operador analítico foi a Pragmática, conforme a pontuam Deleuze-Guattari, adaptada para o presente estudo. Enfatizando as relações entre imagens, foram engendrados registros a partir de produções de escritos dos alunos, com ênfase no software Cartola, e a partir de registros de práticas pedagógicas. A forma de apresentação dessas problematizações se deu na forma de novelas. Buscou-se, a partir do inventário de práticas de escrita apresentado na forma de novelas, delinear tanto linhas mais sedimentadas (molares), concernentes ao fonocentrismo, que tentam isolar a linguagem como um sistema independente e centrado na individualidade biológica, quanto linhas menos sedimentadas (moleculares), que apontam outros tipos de relações entre imagens que não os derivados das linhas molares. A hipótese de trabalho é que, no agenciamento, haveria coexistência, no que tange às relações entre imagens, entre linhas molares, com linhas de fuga, que conectam a linguagem a sua exterioridade coexistente, da qual ela mesma deriva enquanto produção e criação. Se fossem delineadas linhas moleculares, que se produzem no encontro entre as linhas precedentes, seria confirmada a hipótese de coexistência. Os resultados do estudo confirmam a hipótese, pois foram inventariados, no entorno das práticas de escrita no agenciamento em questão, tipos de relação entre imagens derivadas de linhas moleculares. A existência de outras relações de imagens que não as molarmente preconizadas pelas práticas de (ensino da) escrita visam a ser vetores de problematizações sobre o que está em jogo, em termos de dinâmicas de relações entre imagens, quando se engendram práticas de escrita no encontro com as tecnologias digitais nas fases iniciais da EJA.