Modelagem do desempenho em frangos de corte em estresse por calor

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Schirmann, Graciele Dalise
Orientador(a): Ribeiro, Andrea Machado Leal
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/233210
Resumo: O presente estudo teve como objetivos desenvolver equações de predição para a variação no desempenho em frangos de corte submetidos ao estresse por calor, analisar a influência do tipo de estresse à que as aves são submetidas, e demonstrar o grau de correlação entre o balanço eletrolítico da dieta e o calor, utilizando a ferramenta de meta-análise. Foram construídas duas bases de dados independentes contendo informações de desempenho e estresse por calor em frangos de corte; a primeira referente à fase inicial de criação (1 a 21 dias) e a segunda para a fase de crescimento e terminação (após 21 dias). Para compor a base de dados da fase inicial foram utilizados 14 artigos e 7.667 animais, de estudos realizados entre os anos de 2001 e 2018. Enquanto para a base de dados após 21 dias de idade foram tabulados 74 artigos, com um total de 25.145 frangos de corte, de estudos entre 1983 e 2018. Os principais critérios para a seleção dos artigos foram: (1) experimentos usando no mínimo duas temperaturas (termoneutra e alta temperatura); (2) conter respostas de desempenho (consumo, ganho de peso e conversão alimentar); (3) alimento e água fornecidos ad libitum durante o período experimental; (4) conter características do animal (sexo, linhagem, fase de criação, idade inicial e final). Em ambas as bases de dados foram classificados dois tipos de estresse: cíclico e constante. Os modelos de predição foram validados utilizando duas bases de dados independentes das primeiras, com informações de dissertações e teses publicadas a partir de julho de 2018. Para a validação na fase inicial (1 a 21 dias) e final foram utilizadas 171 e 169 observações, respectivamente. As equações de predição foram apresentadas em porcentagem e gramas e geradas para ganho de peso de 1 a 21 dias e para consumo de ração e ganho de peso após 21 dias. O estresse por calor não influenciou o consumo de alimentos na fase inicial (1 a 21 dias), bem como a conversão alimentar em nenhuma fase de criação, não sendo possível a construção de equações de predição para estas variáveis nas respectivas fases. O estresse por calor constante mostrou-se mais deletério ao desempenho do que o cíclico em frangos após 21 dias, mas na fase inicial os tipos de estresse não se diferenciaram significativamente. A relação entre o balanço eletrolítico da dieta e o desempenho em aves em estresse pelo calor foi estudada para aves a partir dos 21 dias de idade, tendo sido observada uma baixa correlação entre estas variáveis. Conclui-se que o estresse por calor afeta de forma mais aguda os frangos de corte após 21 dias, embora a conversão alimentar não seja afetada o consumo de ração é a variável mais importante no estresse por calor e que a relação entre o balanço eletrolítico da dieta e as altas temperaturas é muito pequena ou inexistente.