Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
Biason, Lívia |
Orientador(a): |
Friedman, Gilberto |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/179053
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Resumo: |
INTRODUÇÃO: Sepse é uma entidade extremamente frequente nas UTIs. A maioria dos estudos vinha avaliando os desfechos da sepse em 28 dias, e pouco se conhece em relação a desfechos de longo prazo dessa síndrome, seja em relação à mortalidade ou grau de dependência. Estudos recentes demonstram um aumento da mortalidade nos anos subsequentes à sepse associada a uma piora do grau de dependência e, consequentemente, uma piora da qualidade de vida dos indivíduos, com declínio persistente de sua função física e cognitiva. OBJETIVOS: Aferir a mortalidade e o grau de dependência de pacientes sépticos após dois anos da alta da UTI. MÉTODOS: Análise retrospectiva de um estudo de coorte prospectivo, em duas UTIs gerais brasileiras, comparando os dados coletados após dois anos da alta da UTI, via contato telefônico, com os dados da internação nessa unidade. Foram incluídos todos os pacientes adultos que internaram na UTI das duas instituições participantes, no período de um ano, e que permaneceram internados por mais de 24 horas. O grau de dependência (ou estado físico) foi mensurado pela escala de Karnofsky e Lawton. RESULTADOS: Foram avaliados 1219 pacientes. Os pacientes sépticos apresentaram uma mortalidade de 57,4% enquanto os pacientes não sépticos de 34,2 %, após dois anos da alta da UTI (p<0,001), sendo que 41,7% dos sépticos morreu nos primeiros três meses após a alta hospitalar. As causas da internação na UTI mais frequentes entre os sépticos foram as ventilatórias, enquanto nos não sépticos foram as cardiovasculares. A escala APACHE II era mais alta nos sépticos, mostrando que esses pacientes já se apresentavam em estado mais grave. Tanto a escala Karnofsky (p<0,004) quanto Lawton (p<0,011) demonstraram piora do grau de Mortalidade e grau de dependência de pacientes sépticos após dois anos da UTI 11 dependência nos sépticos em comparação aos não sépticos. Conforme a regressão de Cox, ajustada para idade e APACHE II, os sépticos tem 1,34 vezes mais chance de óbito que os não sépticos. CONCLUSÃO: As consequências da sepse vão muito além da alta hospitalar. Os indivíduos admitidos por sepse na UTI têm maior mortalidade após dois anos da alta, quando comparados a indivíduos admitidos na UTI por outras causas, além de um maior grau de dependência e, consequentemente, pior qualidade de vida. |