Ausências no desenho : áreas de não desenho, apagamento e desgaste

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Duzzo, Flávia De Lima
Orientador(a): Cattani, Icleia Maria Borsa
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/115177
Resumo: A temática das ausências no desenho foi pesquisada neste estudo com a pretensão de verificar se elas o comporiam do mesmo modo que as áreas quando recebem inscrições repetitivas ou intervenções sequenciais. Investigou-se, também, em que medida a ação de apagar pode ser considerada como investimento na construção cfo trabalho. Referendada na minha produção, aprofundei as instâncias: áreas de não desenho, áreas de apagamento e áreas de desgaste de inscrições. Pelos preceitos da Poiética na abordagem de René Passeron e pelos aportes da teoria da Formatividade de Luigi Pareyson, desenvolvi a análise da fatura desses trabalhos que resultam de ações repetitivas e automatizadas, considerando-se aspectos como: manualidade, os tipos de gestos, a escolha dos materiais e a passagem do tempo. As teorias apresentadas pelos filósofos Flusser e Focillon sobre os gestos, bem como os conceitos de Gilles Deleuze sobre diferença e repetição são aprofundados na pesquisa. As lacunas, as retiradas de matéria e os borrados que acontecem nos desenhos afetam o corpo do suporte. Em relação a este tema, Jacques Derrida apresenta reflexões importantes referentes à presença do suporte em trabalhos de pintura, de desenho e na escrita. São importantes para este estudo os referenciais de Roland Barthes, quando utiliza o termo acontecimento ao analisar a relação do artista e a obra que está concebendo, como uma cena em que algo se sucede. Procurou-se, através do cruzamento dos aportes teóricos referidos, obter um instrumento de análise para pensar a ausência no desenho como uma instância possível.