A "história a contrapelo" no painel romanesco de Inferno provisório : da fábula da migração à fábula do (des)enraizamento

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Pokulat, Luciane Figueiredo
Orientador(a): Gomes, Gínia Maria de Oliveira
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Palavras-chave em Espanhol:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/139372
Resumo: O objetivo desta tese é apresentar uma leitura do projeto literário de Luiz Ruffato, intitulado Inferno provisório, considerando o conjunto dos cinco romances como uma “história a contrapelo” conforme o conceito proposto por Walter Benjamin. Nossa pesquisa se preocupa em realizar uma reflexão sobre o contexto histórico e social representado na obra do autor mineiro, investigando o que Ruffato seleciona para figurar em sua pentalogia e como ele a organiza formalmente. Pretendemos, além de situar o trabalho de Ruffato na literatura brasileira contemporânea, apontar Inferno provisório como um romance peculiar na ficção nacional produzida no século XXI em virtude da história narrada e da forma empregada. Nesse sentido, nossa pauta é investigar como o autor utiliza a estética do fragmento na montagem de um painel romanesco e a que ele alude em sua versão a contrapelo da história da modernização nacional na qual valoriza a perspectiva dos trabalhadores brasileiros representados em geral como sujeitos migrantes que se deslocam em busca de empregos. Nessa leitura crítica, é posta em evidência a versão da história olhada sob a perspectiva do fracasso do projeto modernizador percebido por meio da problemática resultante dos deslocamentos geográficos que provocam a dissolução dos laços com a origem e promovem alterações identitárias sentidas na forma do não pertencimento e do desenraizamento. Temas como migração, identidade, modernização e seus desdobramentos perpassam as análises dos romances da pentalogia.