Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Pozzer, Christiano Hagemann |
Orientador(a): |
Ribeiro, Vinicius Gadis |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/249367
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Resumo: |
Sob o imperativo do medo, prefiguramos o universo material através de projetos de defesa que se manifestam em práticas de delimitação de fronteiras de pertencimento e exclusão. Em tal contexto, muros erguidos em torno das habitações da elite urbana brasileira mostram intrincadas manifestações de valores estéticos, particularmente perceptíveis na seleção dos materiais a partir dos quais são construídos. Dessas matérias, percebemos o emanar de fluxos entre distintos agentes que muito ultrapassam os limites determinados pela elite que primeiro deliberara a materialização das barreiras. Tais fluxos compõem um sistema de correspondências que exporia valores de classificação e ordenação estruturais para uma estética da segurança intrínseca ao modelo moderno-colonialista de gestão da vida. De modo a explorar tais pressupostos, a presente dissertação descreve um estudo de caráter antropológico com foco na descrição das correspondências do autor junto de um muro construído em vidro temperado laminado e alumínio composto erguido em torno de um condomínio vertical no bairro Menino Deus, na cidade de Porto Alegre. A metodologia é conduzida a partir de instrumentos do campo da design anthropology, organizando-se em torno de práticas de observação sensível e de entrevistas abertas junto de moradores do condomínio escolhido e de projetistas responsáveis pela construção do muro. Em sua aplicação, organizam-se discussões acerca da sobreposição de diferentes fronteirais e contextos sob o ato de “murar” um ambiente privado; sobre a insistente presença desordenadora de uma natureza transiente que contrapõe os desejos por ordem e limpeza de uma elite alimentada pelo medo; além de uma presente flutuação de distintas transparências manifestas através do uso do vidro como matéria de defesa. |